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Opinião - Gestor de RH: uma profissão em acelerada mutação



01.01.2000



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Gestor de RH: uma profissão em acelerada mutação
(20-06-2007)

Márcia Trigo
Coordenadora do MBA Executivo em Gestão de RH da Business School/UAL


A mudança invadiu os modelos de negócios, o governo das empresas, os modelos organizacionais, põe em causa o emprego para toda a vida, derruba fronteiras diariamente, disponibiliza gratuitamente e « just in time » informação de fronteira e relevante, disponibiliza novos e inovadores sistemas de apoio à decisão e de « competitive intelligence » , garante ferramentas de gestão das pessoas cada vez mais eficazes, reduz o ciclo de vida de produtos-bens-serviços e também a vida útil do conhecimento, garante trabalho aos mais competitivos e inovadores mas não emprego, flexibiliza horários e salários e carreira e tempo e local de trabalho, assegura a deslocalização e o «outsourcing » de serviços, inscritos no « core business » das empresas.
E neste tempo de revoluções silenciosas ou abruptas, como fica, se renova e redefine a função de RH?

Subcontratação & outsourcing apontam o caminho

O presente e o futuro da Gestão RH, na maioria das empresas, já passa pela subcontratação e pelo « outsourcing » da maioria das funções da gestão de recursos humanos, não apenas das mais rotineiras, mas também das consideradas críticas: selecção e recrutamento, formação e desenvolvimento, pagamento de salários, gestão do tempo de trabalho, relações laborais, gestão de carreiras, gestão de expatriados, etc. Estas mudanças implicam a redução de trabalhadores numas empresas e a criação de outras empresas, ou, de mais emprego noutras, as que se dedicam precisamente à subcontratação e ao « outsoucing».

De Gestores de RH a Parceiros do Negócio

A boa notícia é que, pela primeira vez na história dos RH, aos gestores do capital humano se abre uma oportunidade única: a de se transformarem finalmente em « Business Partner », ou, mesmo, em « CPO/Chief People Office », com uma função altamente estratégica, com assento no Conselho de Administração, enquanto parceiro do negócio, como já sucede nas melhores, mais inovadoras e competitivas empresas, tanto a nível local como regional e global.

Mas esta transformação pressupõe e impõe outra visão e outra preparação dos próprios GRH e também outras competências, menos instrumentais, técnicas e normativas e mais estratégicas, inovadoras, de liderança e de «corporate governance».

Nos mais de dez anos de Coordenação Científica do único MBA Executivo, existente em Portugal, em Gestão de Recursos Humanos, em parceria com a APG, temos vindo a constatar precisamente esta aceleração da história, com cada vez mais profissionais de RH a percepcionarem que o seu futuro é certamente outro e que o desafio com que estão confrontados passa precisamente por tornar-se Gestor Estratégico das Pessoas ou gestor da performance da empresa, através da gestão da performance das pessoas.

Esta é uma revolução em curso, nas empresas de sucesso e, por maioria de razões, também na Formação de Executivos que tem por missão primeira formar líderes capazes de antecipar o Futuro, ou, na expressão de Drucker, identificar os Futuros que já estão a acontecer.






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