Seguindo os conselhos do livro Quer um Emprego? (Gradiva), comece por controlar a ansiedade, mantendo-se sereno ao longo de todo o processo*. Conheça os seus direitos, seja assertivo e não subestime o seu interlocutor na negociação. Pode ser vantajoso aconselhar-se junto de um advogado ou de alguém que tenha passado por uma situação semelhante. Ao discutir a indemnização a receber, não se coíba de mostrar como foi determinante para a empresa e que, por isso, merece ser valorizado. Só em último caso recorra aos tribunais. Apesar de esta questão estar agora a ser discutida em sede de concertação social, a lei não determina o valor da indemnização, embora seja difícil que um trabalhador aceite menos de um mês de remuneração-base por cada ano de trabalho, por ser este o valor a que teria direito caso fosse incluído num despedimento coletivo. Algumas empresas estão dispostas a subir a oferta para 1,5 salários, podendo até incluir outro tipo de benefícios, como seguro de saúde ou apoio à transição profissional. O segredo é ser paciente e agir com prudência. Depois de a rescisão estar consumada, não esmoreça. Lembre-se de que esta pode ser uma oportunidade para se relançar profissionalmente. No caso de não estar satisfeito com a sua carreira, pode sempre investir o total ou parte do montante da indemnização na abertura de um negócio próprio ou optar por receber o subsídio de desemprego por inteiro de uma só vez.
* Truques para uma boa negociação com a entidade patronal
- Relaxe
- Controle a sua linguagem corporal
- Esteja sereno
- Não se mostre desesperado