Carreiras

ExpressoEmprego - Barómetro RH 2008 - Rémy de Cazalet



01.01.2000



  PARTILHAR




Rémy de Cazalet
Michael Page Internacional



Deparamo-nos novamente com um tema que não pode ser analisado somente à luz de dados estatísticos e, certamente, não pode ser dissociado de uma análise conjuntural. Se nos debruçarmos sobre os estudos comparativos que avançam que "existe uma percentagem de 38,3% de doutorados no nosso país, superando largamente a média europeia, que se fica pelos 20,6%", ficamos agradavelmente surpreendidos e optimistas.


Não obstante a percentagem ser elevada, esta deve-se fundamentalmente à formação em Ciências Humanas e pouco ligadas ao mundo empresarial. Tal facto é potenciado pelas escassas saídas profissionais de licenciaturas em áreas como História, Sociologia e outras Ciências Humanas, o que obriga os recém-licenciados a investirem na melhoria do curriculum académico e só depois ingressarem no mercado de trabalho.

Não querendo desvalorizar estes dados que convergem com a crescente preocupação e aposta na qualificação dos portugueses, temos, contudo, que acelerar este processo não apenas numa óptica sectorial mas também geracional, na medida em que uma análise global demonstra que Portugal se encontra a jusante da maioria dos países europeus no que respeita à qualificação da população activa portuguesa.

As lacunas por suprir são identificáveis nas camadas mais jovens, mas de uma forma ainda mais flagrante e difícil de combater na franja de profissionais acima dos 35 anos de idade. Escolaridade mínima obrigatória superior, planos curriculares menos teóricos, a aposta em tecnologias nas escolas e planos de formação adequados a desempregados e a activos poderão ser algumas medidas que, de uma forma eficaz, diminuirão o fosso da falta de qualificação.





DEIXE O SEU COMENTÁRIO





ÚLTIMOS EMPREGOS