Márcia Trigo
Directora do EMBA em ‘Gestão do capital Humano' da Business School da UAL
A situação actual é assustadora. Em comparação com a UE25 (OCDE, 2006): 54% da população activa não possui a escolaridade de 9 anos; 75,6% não concluiu o secundário; 12,7% tem formação superior (maioritariamente pouco tecnológica) vs 29,1%; 38,6% abandonam a escola vs 15,7%; o secundário profissionalizante é de 28,3 vs 47,2%; 4,6% da população activa e 17% da empregada participa em formação ao longo da vida vs 10,8 e 40%; acentuado défice de liderança e gestão de empresas, organizações, administração pública e universidades.
O quê e como fazer? um Roteiro para a Acção, deve abandonar a conhecida "política suicida de regador" (contentar tudo e todos) e o conhecido "Stop and Go" e dar prioridade a:
1) formar empresários, administradores e gestores em ‘Liderança, Gestão Estratégica e Competitividade Global';
2) redução drástica das vias generalistas do secundário e prioridade às vias tecnológicas, para jovens e adultos, com dupla certificação escolar e profissional, independentemente da origem do financiamento, do Ministério da tutela, da entidade promotora e cujo referencial de formação deverá ser para todos o Quadro Europeu das Qualificações/QEQ e correspondente ‘Catálogo Nacional de Qualificações' baseadas em Competências, Standards, Resultados e Unidades de Crédito;
3) integração do Processo de RVCC em todos os percursos formativos de adultos;
4) Formação em metodologias de ‘Problem Solver' de professores e formadores, com prioridade para o Ensino Superior, numa cruzada iluminada contra as metodologias de ‘recitação vs memorização';
5) Prioridade à formação científica e técnica, desde o básico à universidade, e aposta na criação de uma ‘Mente Matemática', base de todas as ciências; 6) Aposta nas ‘Novas Competências' para todos: Português, Inglês, Matemática, Ciência e Tecnologia, TIC, Empreendedorismo e Competências Comportamentais.