Carreiras

A minha vida ou a tua?



01.01.2000



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A minha vida ou a tua?

Quem decide o curso e a carreira a seguir? Os pais ou os filhos? É certo que são os pais a investir na educação dos filhos, mas têm eles o direito de escolher o percurso profissional a seguir? Afinal, quando acabar o curso e tiver o seu primeiro emprego, quem vai ter de ir trabalhar para lá todos os dias é você e não os seus pais.

Hoje os tempos são outros e «a tradição já não é o que era». Se antes tínhamos um pai que era médico, as probabilidades de o filho se tornar médico eram quase de 99 por cento.
Agora, a liberdade de escolha existe e os pais preocupam-se mais com a felicidade dos filhos. Mas essa felicidade e bem-estar passam também por um bom salário e é, talvez, neste ponto que os procuram intervir nas escolhas dos filhos.

Por exemplo, é bom a História e Arqueologia sempre o fascinou. Sonha em encontrar vestígios de um povo antigo e perceber o seu modo de vida. Para concretizar esse objectivo o primeiro passo é tirar o curso de Arqueologia.
Os seus pais começam a preocupar-se consigo. Um curso destes em Portugal é complicado. O que o fascina são as investigações e aqui elas não são propriamente o expoente máximo da Arqueologia. Muitos arqueólogos acabam por ir dar aulas... e o salário? Não deve ser dos melhores...
O cérebro dos pais começa a funcionar e as conversas consigo começam a surgir. "Vê lá! Se calhar não é o melhor para ti. Tenta tirar um curso que te dê mais e melhores oportunidades de emprego. Eu sei que é aquilo que tu gostas, mas tens de pensar no futuro!". E a conversa pode continuar até que há uma discussão séria e acontece uma das duas coisas:

ou o filho dá ouvidos aos pais e segue a orientação deles, mas "amuado";

ou, revoltado, acaba por não pensar claramente (quem sabe eles não tinham razão?) e decide entrar para o curso de qualquer modo.

É verdade que os pais só se preocupam com os filhos, mas a sua vida é de quem? Pois, é sua! Não se acomode e lute pelo que quer. Vai deixar que também façam um "arranjinho" de casamento ou vai escolher a (o) noiva (o)? Em termos profissionais, o procedimento é idêntico e, sabemos nós, os "arranjinhos" nem sempre dão certo.

Agora, dê ouvidos aos seus pais porque eles podem ter razão e se não têm mostre-lhes que estão errados. Faça-os acreditar nas suas escolhas e para isso precisa de estar bem informado.

Algumas dicas:

Refira que as suas aptidões e capacidades dirigem-se perfeitamente para aquilo que quer fazer na vida;

Tem conhecimentos e informação de pessoas que trabalham na área e gosta daquilo que elas dizem;

Fez alguma pesquisa e encontrou várias possibilidades de carreira nesse campo;

Enuncie as desvantagens que pode encontrar e diga que se encontra capacitado para as ultrapassar;

Mencione que trabalhar no que realmente gosta vai ser sempre uma felicidade na sua vida!

TP






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