A minha vida ou a tua?
Quem decide o curso e a carreira a seguir? Os
pais ou os filhos? É certo que são os pais a investir na
educação dos filhos, mas têm eles o direito de escolher
o percurso profissional a seguir? Afinal, quando acabar o curso e tiver
o seu primeiro emprego, quem vai ter de ir trabalhar para lá todos
os dias é você e não os seus pais.
Hoje os tempos são outros e «a tradição
já não é o que era». Se antes tínhamos
um pai que era médico, as probabilidades de o filho se tornar médico
eram quase de 99 por cento.
Agora, a liberdade de escolha existe e os pais preocupam-se mais com a
felicidade dos filhos. Mas essa felicidade e bem-estar passam também
por um bom salário e é, talvez, neste ponto que os procuram
intervir nas escolhas dos filhos.
Por exemplo, é bom a História e Arqueologia
sempre o fascinou. Sonha em encontrar vestígios de um povo antigo
e perceber o seu modo de vida. Para concretizar esse objectivo o primeiro
passo é tirar o curso de Arqueologia.
Os seus pais começam a preocupar-se consigo. Um curso destes em
Portugal é complicado. O que o fascina são as investigações
e aqui elas não são propriamente o expoente máximo
da Arqueologia. Muitos arqueólogos acabam por ir dar aulas... e
o salário? Não deve ser dos melhores...
O cérebro dos pais começa a funcionar e as conversas consigo
começam a surgir. "Vê lá! Se calhar não
é o melhor para ti. Tenta tirar um curso que te dê mais e
melhores oportunidades de emprego. Eu sei que é aquilo que tu gostas,
mas tens de pensar no futuro!". E a conversa pode continuar até
que há uma discussão séria e acontece uma das duas
coisas:
ou
o filho dá ouvidos aos pais e segue a orientação
deles, mas "amuado";
ou,
revoltado, acaba por não pensar claramente (quem sabe eles não
tinham razão?) e decide entrar para o curso de qualquer modo.
É verdade que os pais só se preocupam
com os filhos, mas a sua vida é de quem? Pois, é sua! Não
se acomode e lute pelo que quer. Vai deixar que também façam
um "arranjinho" de casamento ou vai escolher a (o) noiva (o)?
Em termos profissionais, o procedimento é idêntico e, sabemos
nós, os "arranjinhos" nem sempre dão certo.
Agora, dê ouvidos aos seus pais porque eles podem
ter razão e se não têm mostre-lhes que estão
errados. Faça-os acreditar nas suas escolhas e para isso precisa
de estar bem informado.
Algumas dicas:
Refira que as suas aptidões e capacidades dirigem-se perfeitamente
para aquilo que quer fazer na vida;
Tem
conhecimentos e informação de pessoas que trabalham
na área e gosta daquilo que elas dizem;
Fez
alguma pesquisa e encontrou várias possibilidades de carreira
nesse campo;
Enuncie
as desvantagens que pode encontrar e diga que se encontra capacitado
para as ultrapassar;
Mencione
que trabalhar no que realmente gosta vai ser sempre uma felicidade
na sua vida!
TP