Rasteira na
empresa de trabalho temporário?
Imagine-se nesta situação:
está farto de procurar um emprego estável e seguro. Fez
tudo o que podia para achar um emprego que lhe agradasse e nada. Até
que, finalmente, decide inscrever-se numa empresa de recrutamento para
trabalho temporário.
Após algum tempo de espera, encontra aquele
emprego com que sempre tinha sonhado, mesmo sendo temporário. A
vida corre-lhe bem até que o seu chefe lhe faz uma proposta...trabalhar
permanentemente!
O convite é aliciante! Você procurou
durante tanto tempo por um emprego fixo que lhe agradasse e não
encontrou. Está finalmente a fazer algo de que gosta, apesar de
temporariamente, e é-lhe dada a oportunidade de ficar a contrato
permanente. Só que há um pequeno pormenor...o seu chefe
diz-lhe que não tem como pagar a comissão que tem que pagar
à agência por você ficar a trabalhar mais tempo do
que aquele que tinha ficado acordado. E até lhe avança com
uma sugestão: "Despeça-se da agência e venha
depois trabalhar na empresa. Mas não lhes diga nada, está
bem?"
O que é que você
faz? Qual é a melhor maneira de resolver este assunto sem se prejudicar?
Para já, há um elemento que não
pode esquecer: o contrato que assinou com a agência de trabalho
temporário.
Dependendo
da empresa, a duração dos contatos pode ser maior ou menor.
Mas uma coisa é comum a todas elas: você e empresa que o
vai receber não podem trabalhar juntos para além do limite
que é estipulado.
Não é justo da parte do seu chefe,
que certamente conhece estas regras, estar-lhe a fazer este tipo de propostas,
principalmente porque ele vai sair altamente beneficiado. E isto deve-lhe
levantar outra questão:
Será
que se você aceitar a proposta de emprego e ficar a trabalhar permanentemente
na empresa, ele lhe vai continuar a fazer pedidos pouco éticos?
As agências também têm conciência que este tipo
de proposta pode fazer balançar qualquer candidato, principalmente
na situação actual, em que há poucos empregos e aumentam
os desempregados. Mas a questão está em você saber
se se iria sentir confortável com este tipo de atitude e se não
se iria importar de fazer parte de uma empresa que facilmente pede aos
seus empregados para tomar decisões que claramente beneficiam a
empresa, deixando os empregados numa situação desconfortável,
e que têm características pouco éticas.
Para já, tente não "stressar" com a situação
e saiba que tem sempre a possibilidade de dar ao seu chefe uma resposta
brilhante, do género: "Obrigado pela oportunidade. Adoro trabalhar
para a sua empresa e estou muito interessado em poder trabalhar aqui a
longo termo. Talves seja melhor marcarmos uma reunião com a minha
agência para tratarmos dos pormenores."
E vá trabalhar de consciência tranquila.
SW