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- Formação profissional após o curso



01.01.2000



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Formação profissional após o curso

O Sistema de Observação de Percursos de Inserção dos Diplomados do Ensino Superior (ODES) realizou um inquérito aos finalistas, de 1994/95 do Ensino Superior, com enfoque na formação profissional e académica após o curso.


Os resultados foram divulgados num seminário realizado em Coimbra, a 28 de Junho. O inquérito diz respeito a todas as àreas de formação e resulta de uma parceria entre os Ministérios da Segurança Social e do Trabalho e do Ministério da Educação, envolvendo quatro organismos - o Instituto para a Inovação na Formação (INOFOR), que coordena o projecto, o Departamento de Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional (DETEFP), a Direçção-Geral do Ensino Superior (DGES) e o Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento (DAPP).

O Inquérito de Percurso é um questionário que permite obter informação sobre a situação profissional dos diplomados no ano lectivo de 1994/95 passado um mês, 18 meses e 36 meses após a conclusão do curso de ensino superior. Para a caracterização da situação profissional na actualidade, estabeleceu-se uma semana de referência (a última semana do mês de Maio), sendo que a inquirição teve o seu início na semana imediatamente a seguir à semana de referência.


O estudo incide sobre oito áreas:

C. Sociais, Comércio e Direito;

Educação;

Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção;

Artes e Humanidades;

Saúde e Protecção Social;

Ciências;

Serviços;

Agricultura;

Foram inquiridos 10.000 diplomados na perspectiva de conhecer o percurso escolar e profissional dos indivíduos desde que terminaram o ensino superior até à actualidade.


Formação profissional após o curso

A maioria dos diplomados, que terminaram o curso em 1994/95 realizaram acções de formação profissional


Mais de metade dos diplomados (76%), optaram por realizar acções de formação, com base na :


Adaptação a mudanças tecnológicas ou actualização de conhecimentos (74,7%);

Necessidade de formação profissional para promoção de carreira (34,5%);

Interesse pessoal (29,8%);


As áreas onde houve mais diplomados a optarem pela formação profissional após o curso foram :

"Educação" (91%);

"Saúde e Protecção Social" (86%);


De um modo geral são mais as mulheres, do que os homens que frequentam acções de formação profissional:

Mulheres - 77,1%);

Homens - 73,9%);


O Sistema de Observação de Percursos de Inserção dos Diplomados do Ensino Superior(ODES) para além de analisar a formação profissional após o curso, obteve respostas sobre o grau de satisfação dos inquiridos com o percurso profissional.


Em Maio de 2002, mais de metade dos inquiridos mostrava-se satisfeito com o seu percurso profissional:


"muito satisfeitos"(27,3%);

"pouco satisfeitos"(10%)

"nada satisfeito" (2%);


A maioria dos diplomados empregados, independentemente do sistema de ensino escolhido, afirma que a actividade profissional desempenhada está de acordo com a área em que completou o curso.

Do total dos diplomados, 68,4% consideram que concluir um curso superior aumenta as possibilidades de encontrar um emprego contra 28,6%, que discordam.
Pessoalmente 80,4% dos diplomados do ano lectivo de 1994/95 consideram que o facto de terem concluído o curso lhes aumentou as possibilidades de encontrar emprego, sendo que 44,2% afirmaram ter aumentado muito.



Formação académica após o curso


Da totalidade dos diplomados, cerca de 35% prosseguiram os estudos académicos após a obtenção do diploma.

Os diplomados que mais incidiram na formação académica pós-curso, eram das seguintes áreas:

"Ciências da Vida" (59,2%);

"Ciências Físicas" (49%);

"Serviços de Transporte" (48,2%);

"Artes" (45,2%);

Na áreas de "Saúde" e "Formação de Professores/Formadores" e "Ciências da Educação" foram poucos os diplomados que optaram por continuar a sua formação académica.

Foram mais os homens do que as mulheres, que escolheram frequentar formação académica pós-curso :

Homens - 39,0%;

Mulheres - 32,5 %);

A formação mais procurada foi no âmbito da licenciatura e houve maior incidência dos diplomados do ensino superior politécnico, que neste período era por hábito equivalente ao bacharelato.

Os universitários optaram por formação do tipo Mestrado e Pós-Graduação. O Doutoramento foi o tipo de formação menos requerida.

Tipo de formação escolhida por curso:

"Ciências Empresariais", "Saúde", "Serviços Sociais" e "Artes" optaram por complementar a formação académica com a obtenção da licenciatura;

Os diplomados de "Direito" privilegiaram a Pós-Graduação, seguidos dos diplomados de "Informação e Jornalismo", "Ciências Sociais e do Comportamento" e "Humanidades";

"Ciências Empresariais", "Saúde", "Serviços Sociais" e "Artes" optaram por complementar a formação académica com a obtenção da licenciatura;

O mestrado foi a opção dos diplomados de "Ciências da Vida", "Ciências Físicas", "Matemática/Estatística" e "Ciências Veterinárias";

O doutoramento interessou maioritariamente aos diplomados em "Ciências da Vida" e "Ciências Físicas";

O inquérito de Percurso aos Diplomados do Ensino Superior - 2001 permite obter dados sobre a quantidade de jovens que no período de 1994/95 optaram por continuar quer a sua formação académica, quer profissional no âmbito das necessidades do mercado de trabalho. Não só a actividade dos jovens diplomados, mas também a aposta na formação são aspectos essenciais para compreender se há um ajustamento ou não entre as qualificações dos diplomados e os postos de trabalho que ocupam.

CN






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