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Progressão pelo mérito atrai novos cérebros para a ciência

Progressão pelo mérito atrai novos cérebros para a ciência

Chamam-lhes 'cérebros' e têm nas mãos a solução científica e inovadora para muitos dos grandes problemas que afetam a Humanidade. Da saúde à farmacêutica, das tecnologias à indústria, há quem quotidianamente dedique a vida à procura de soluções para problemas de terceiros. No iMM Lisboa, o Insituto de Medicina Molecular, trabalham mais de 500 pessoas, entre investigadores e administrativos. A direção criou para eles um novo sistema de carreira. Porque a ciência também vive de motivação.

11.09.2015 | Por Cátia Mateus


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Nos últimos 12 anos, as equipas de investigadores do iMM Lisboa descobriram novos mecanismos responsáveis pelo crescimento de tumores, desenvolveram potenciais terapias futuras baseadas no uso de drogas ou células do sistema imunitário, fizeram descobertas relevantes nas áreas do HIV/sida e da malária e chegaram a refutar um dogma que persistia há décadas de que o parasita da malária não era detetado pelo hospedeiro durante a fase de infeção do fígado. Um trabalho ao serviço da ciência que confere uma esperança reforçada para muitos pacientes e que para a direção do instituto não se compadece com a ausência de investimento nas carreiras associadas à investigação.Um ano depois de assumir funções, a direção do iMM Lisboa reestruturou todos os planos de carreira em vigor no instituto, com o objetivo de motivar as suas equipas, dar-lhes oportunidades reais de progressão e atrair novos investigadores, nacionais e internacionais, para sua equipa.

Dinâmico e meritocrático. Assim é o novo conceito de carreira atualmente em vigor no iMM. “Embora a carreira da investigação esteja bastante dependente dos financiamentos concedidos é, no entanto, fundamental existir uma política de RH que assegure a captação e retenção de investigadores de excelência, nacionais e internacionais”, explica Henrique Veiga-Fernandes, diretor para a Estratégia Institucional do iMM Lisboa e rosto da estratégia coletiva da direção no plano de restruturação de carreiras. Determinada em “atrair individuos altamente curiosos e motivados, com diferentes backgrounds académicos que tragam uma enorme vontade de responder aos problemas científicos biomédicos mais pertinentes”, a direção do iMM delineou um plano que contempla três carreiras distintas – administrativa, técnica e científica – com diferentes níveis de progressão profissional e escalões remuneratório. 

A estratégia, assegura Henrique Veiga-Fernandes, pemite aos 526 profissionais que integram o instituto (entre administrativos, técnicos e investigadores em regime de contrato de trabalho, bolsa, estágio curricular ou profissional, voluntariado e prestação de serviços) saber “qual a sua posição dentro da estrutura organizacional e até onde poderão chegar”. Do total de profissionais que integram o iMM Lisboa, só 12% são investigadores. O instituto recruta, em média, 192 profissionais anualmente. Os concursos para a atribuição de bolsas estão sempre a decorrer e o instituto procura atualmente um líder de equipa de investigação para a área de Infeção e Imunidade. “Temos financiamento europeu de €2,5M para este concurso e estamos muito empenhados em atrair alguém de calibre internacional, reconhecido e que venha a ter um impacto visível nas comunidades do Centro Académico de Medicina de Lisboa”, explica.

Atrair este tipo de perfis passa por condições de investigação, mas também por hipóteses de carreira aliciantes. Razão pela qual, o plano de carreira agora adotado pode dar um forte contributo à evolução da massa crítica associada ao iMM a médio prazo, acrescentando ainda mais valor a uma equipa de provas dadas na sua área. O plano de carreira adotado pelo instituto prevê que a evolução na carreira seja assegurada, no mínimo, a cada dois anos, após a avaliação do colaborador. “Para investigadores que lideram equipas de investigação esta avaliação é feita a cada três a cinco anos por investigadores internacionais da área a quem é pedida opinião sobre o trabalho desenvolvido até ai e o plano de trabalhos proposto para o futuro”, realça. Um sistema que para Henrique Veiga-Fernandes gerará impacto na construção de um ambiente multicultural, “na garantia de segurança e saúde no trabalho e na igualdade e equilíbrio entre géneros”, conclui.



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