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Jovens querem empregos estáveis

Jovens querem empregos estáveis

Os estudantes portugueses preferem trabalhar para terceiros do que criar a sua própria empresa. A conclusão é avançada num estudo da rede de universidades Universia, em parceria com o portal Trabalhando.com. O cenário é comum noutros países ibero-americanos.

02.01.2015 | Por Cátia Mateus


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Mais de metade dos estudantes portugueses (58%) prefere trabalhar por conta de outrem do que ser trabalhador independente ou criar o seu próprio projeto empresarial. A prioridade à estabilidade profissional surge confirmada no mais recente estudo da rede Universia e do portal Trabalhando, realizado junto de seis mil participantes em 23 países, que revela ainda que no que toca a preferências, as prioridades de carreira dos jovens portugueses estão orientadas para a consolidação de um percurso no sector privado.

?A avaliar pelas conclusões do estudo, ser empreendedor e dirigir um negócio próprio é um cenário pouco aliciante para os estudantes portugueses, apesar dos crescentes esforços que a promoção da iniciativa empresarial e o estímulo ao empreendedorismo tem registado nas universidades portuguesas. Só 31% dos estudantes inquiridos admite a ambição de trabalhar num negócio próprio e 11% ambicionam trabalhar como freelancers (trabalhadores independentes) ao serviço de entidades terceiras. Na base destas intenções estará, certamente, a procura pela estabilidade profissional, mas também a convicção evidenciada por 82% dos estudantes de que estando formalmente integrados numa empresa poderão adquirir maior grau de experiência profissional.

?Para Bernardo Sá Nogueira, diretor geral do Universia Portugal e do Trabalhando.com, os dados demonstram que “apesar da conjuntura económica caracterizada por uma escassez do emprego, a grande maioria continua a preferir como opção de vida trabalhar por conta de outrem, o que demonstra que muitos dos jovens portugueses ainda têm receio de arriscar o caminho do empreendedorismo”.

Vantagens e desvantagens da estabilidade
Ainda que priorizem o vínculo estável a uma entidade empregadora, os jovens portugueses reconhecem que trabalhar por conta de outrem tem as suas vantagens e desvantagens. Entre os pontos fortes de ter um “patrão” estão a estabilidade profissional (apontada por 38% dos jovens), os benefícios laborais como os seguros de saúde, os prémios e outros (31%), a possibilidade de progressão na carreira (28%) e o direito a férias (3%). ?Do lado de quem prefere a liberdade de não ter vínculos formais e poder ditar diariamente o seu destino profissional, há outros fatores de peso.

A capacidade para desenvolver vários projetos em simultâneo é apontada por 36% dos estudantes portugueses como a principal vantagem de trabalhar por conta própria, em paralelo com a flexibilidade de horários que não ter uma hierarquia permite (também referida por 36% dos inquiridos). Entre as vantagens de ser freelancer ou gerir o seu próprio projeto empresarial estão também a possibilidade de alcançar um maior e melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar (17%) e o ser “chefe de si próprio”, destacado por 11% dos estudantes.  

Os jovens inquiridos analisaram também as prioridades de carreira e concluiriam que numa fase inicial, todos os seus esforços devem estar centrados na procura da estabilidade laboral e na conquista de benefícios profissionais (57%), na conquista de experiência (30%) e de um nível remuneratório que lhes permita custear a continuidade dos estudos (8%) e em abrir caminho para a progressão na carreira (5%).



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