O sucesso alcançado por Portugal na área das Redes de Fibra FTTH está sobretudo sustentado nos investimentos realizados ao longo dos últimos anos por empresas como a Vodafone, Portugal Telecom, DSTelecom, Optimus ou a ANACOM que deteve uma posição de pioneirismo ao decidir regular o acesso a condutas e postes, em 2006. A iniciativas destas organizações, reconhecida como um exemplo de sucesso a nível nacional, abriu terreno à expansão de um sector que tem gerado e continua a gerar centenas de postos de trabalho em território nacional. Carlos Barroqueiro preside à CBE, a empresa portuguesa especializada na construção de Redes de Fibra FTTH (fibre to the home) e Redes Móveis (3G e 4G) que soma entre os seus principais clientes empresas como a Vodafone, NOS, Ericsson, DSTelecom, ZTE ou Huawei. Nos últimos anos a marca tem vindo a criar 60 novos postos de trabalho por ano. Em 2014 o número será superior, fruto da dinâmica do sector.
Para o ano de 2014 Carlos Barroqueiro perspetivou a criação de 150 postos de trabalho. O processo de contratação teve início ainda em finais do ano passado, para dar resposta à construção da Rede de Fibra FTTH da Vodafone, mas há ainda cerca de 50% de vagas para preencher ao longo dos próximos meses. Em paralelo, a empresa está ainda a integrar estagiários em diversas áreas. Para além destes postos de trabalho diretos e também por via dos diversos projetos em que está envolvida, explica Carlos Barroqueiro, “a CBE contribuiu para a criação entre 2013 e 2014 de 200 postos de trabalho indiretos nos seus parceiros, estando a maioria destes profissionais contratados e outros ainda para contratar até ao final do ano”.
O presidente da CBE enfatiza a relevância deste sector para a economia nacional e para a criação de emprego qualificado em Portugal. A empresa está focada em atrair profissionais ligados à engenharia, mas igualmente oportunidades para perfis ligados às áreas de gestão e administrativos, sempre qualificação superior ao nível da licenciatura ou mestrado. Para Carlos Barroqueiro o sector das Redes de Fibra FTTH está em expansão em Portugal. No final do ano passado, o país somava já mais de 540 mil subscritores de serviços sob redes de fibra ótica e mais de 2 mil habitações equipadas. Números que, garante o especialista, “fazem de Portugal um case study a nível mundial”.
Nesta matéria, o líder da CBE destaca ainda a relevância de iniciativas como a Startup Lisboa, na criação de novas empresas de base tecnológica e na atração de investimento externo para o país. Carlos Barroqueiro cita ainda como exemplo “o protocolo recentemente assinado entre a Startup Braga, a Microsoft Ventures e a ZTE que, há apenas cinco anos seria impensável fazer-se a partir de Braga”. Para o especialista, “todas estas iniciativas, mobilizadores de grandes investimentos seriam impossíveis sem Redes de banda Larga de Nova Geração em Fibra (FTTH) como as que temos em mais de 50% do território nacional”.
Liderança internacional
Carlos Barroqueiro, o lider da CBE, acaba de ser eleito para integrar como membro os boards do FTTH Council Europe e do FTTH Council Global Alliance (FCGA), tornando-se o primeiro português a integrar estas organizações a nível internacional. Licenciado em Engenharia de Sistemas e Computadores pelo Instituto Superior Técnico, o presidente da empresa portuguesa especialistas em projetos de engenharia de telecomunicações, ficou também responsável pelo Comité de Financiamento de Redes de FTTH, cuja função é apoiar e acelerar o desenvolvimento de Redes FTTH (fibre to the home) na Europa.
O líder da CBE está ligado ao FTTH Council Europe desde 2008 onde tem sido particularmente ativo, nomeadamente na coordenação do evento anual da organização a nível mundial. Em 2009 presidiu ao grupo de trabalho que organizou a FTTH Conference 2010 Lisbon, tendo também liderado a organização do painel “The portuguese Case on FTTH” na sessão de abertura do evento que reuniu mais de três mil conferencistas, oriundos de 80 países.
Antes de criar a CBE, em 1998, Carlos Barroqueiro foi responsável por toda a área de Engenharia e desenvolvimento estratégico da Cabovisão. Iniciou a carreira como professor de Controlo e Robótica no Instituto Superior Técnico e em 1992 foi eleito JEEP - Jovem Empresário de Elevado Potencial, no sector das telecomunicações, pelo banco BPA.