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Como recruta um ‘unicórnio’

Como recruta um ‘unicórnio’

A única empresa “unicórnio” portuguesa (startup avaliada em mais de mil milhões de dólares), a Farfetch, quer passar dos atuais 590 profissionais para os 750, ainda este ano.

09.08.2016


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Para isso está a contratar perfis seniores e mais juniores, em várias áreas. Ana Sousa, diretora de Recursos Humanos da empresa, reconhece que o processo de recrutamento é exigente, mas fundamental para identificar o talento Farfetch. Ou seja, perfis com sólidas valências técnicas e competências comportamentais de excelência.

A Farfetch, o primeiro unicórnio de origem portuguesa, emprega atualmente em Portugal 590 colaboradores. Por ano, chegam à plataforma de venda de vestuário de luxo cerca de 300 novos profissionais. A meta para este ano é alcançar os 750 colaboradores. Ana Sousa, diretora de Recursos Humanos da Farfetch, está de olhos postos no mercado para identificar os perto de 160 profissionais que faltam à empresa, mas não perde de vista um outro desafio: formar os 25 jovens talentos que integrarão a partir de setembro o Plug-In, o primeiro programa de trainees da “unicórnio” portuguesa.

“People Team” (equipa das Pessoas) é como Ana Sousa prefere que chamem a equipa que lidera. Afinal, é essa a sua função: operacionalizar a identificação das melhores pessoas para as necessidades e desafios da Farfetch, integrá-las, potenciar o seu bem-estar e motivação – e há uma equipa interna que se dedica em exclusivo a isso, a “Make it Happen Team” – e apoiar a sua progressão dentro do universo da empresa. “Precisamos muito uns dos outros, de partilhar conhecimento, de sermos resilientes, de falharmos e assumir erros, de aprender”, reconhece a líder de Recursos Humanos da Farfetch. É com este espírito que identifica os talentos que integram a empresa.

Para alcançar a meta dos 750 profissionais prevista para este ano, Ana Sousa terá de identificar e recrutar 160 profissionais. As vagas estão já em aberto, “para perfis de Senior .Net Developers, DBA’s, Performance e em algumas outras áreas não diretamente ligadas à tecnologia mas que exigem conhecimentos de língua a um nível quase nativo”, explica reconhecendo que estas áreas constituem um desafio de contratação para a empresa. “Este desafio acontece por vários fatores: rapidez de resposta que o negócio impõe (temos muitos projetos que precisam de pessoas para os desenvolver), volume de contratações na mesma área e, sobretudo, garantir os padrões elevados de contratação, porque somos muito exigentes”, reconhece.?A Farfetch recruta, garante a diretora, em todas as áreas “desde a tecnologia com os seus diferentes perfis – .Net Developers, Software Testers, QA Automation, Dev/Ops, Performance Engineers, Release Engineers, Scrum Masters, Product Owners, UX, Digital Designers –, passando pelos Recursos Humanos (People Business Partners, Talent Acquisition Specialists, Account Managers, Customer Service Agents), áreas muito focadas em conhecimento de línguas fluente, Operations e Finance”.

Trainees: uma ponte para o talento

Ana Sousa confirma que a empresa vive “uma fase muito dinâmica de contratações”, na qual se enquadra também a decisão de criar um programa de trainees. O Programa Plug-In, que está neste momento em fase de análise e seleção dos 136 jovens talentos selecionados (entre um total de 709 candidaturas) que preencherão as 25 vagas disponíveis na primeira edição do programa, “surge como uma forma de desenvolvermos o potencial dos jovens talentos que terminam a etapa académica e, deste modo, procuramos proporcionar uma boa experiência a quem está a iniciar a sua atividade profissional”, explica.

A diretora de RH não nega que o programa também surge como resposta à dificuldade crescente das empresas “em atrair profissionais em tecnologia” e acrescenta que a Farfetch “quer preparar os seus trainees para rapidamente passarem a integrar equipas e, desde cedo, terem um contributo ativo na empresa”. O programa tem duração de 18 meses e permitirá aos 25 trainees que venham a ser selecionados, especializarem-se em áreas como Quality Assurance Automation, UI Development e .Net Development. “Por sermos uma equipa que rapidamente cresceu, e continua a crescer, temos uma particular atenção em manter aquilo que nos une e que se tornou o nosso DNA. Procuramos pessoas que embora sejam boas tecnicamente, tenho também o seu lado humano, revolucionário, brilhante, pensamento global e que, acima de tudo, percebam que só construindo de forma conjunta podemos continuar a crescer de forma sustentada”, realça garantindo que “há um foco muito grande na componente comportamental”, associado à seleção destes candidatos. 

O Plug-In cumpre, segundo Ana Sousa, dois grandes objetivos: “Disponibilizar ferramentas e acompanhamento a estes jovens que estão a integrar o mercado laboral, proporcionando-lhes a melhor experiência possível num primeiro contexto profissional, e atrair novos talentos para a Farfetch, e, após um ano, integrá-los enquanto colaboradores, caso seja esse o seu desejo e cumpram as características técnicas e comportamentais expectáveis”. Focado nestes objetivos, o programa cumpre um plano de formação comportamental (soft skills) e formação on-job complementar. Este mix, garante Ana Sousa, permitirá aos trainees “viver na primeira pessoa a experiência de ser um colaborador Farfetch”.



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