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€5,2 milhões para projetos de inovação

€5,2 milhões para projetos de inovação

Estão escolhidos os seis projetos portugueses que captaram a atenção do Programa Carnegie Mellon Portugal, no âmbito da iniciativa Entrepreneurial Research Initiatives (ERIs). Juntos, vão receber ao longo dos próximos quatro anos um total de €5,2 milhões de financiamento.

06.05.2016 | Por Cátia Mateus


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Colocar Portugal na vanguarda da inovação em áreas focadas nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), através de investigação de ponta, da excelência na formação pós-graduada e de uma ligação próxima à indústria nacional é a missão do Programa Carnegie Mellon Portugal (Programa CMU Portugal). É o que tem feito desde que foi criado em 2006, como resultado de uma parceria colaborativa entre o Governo português e a universidade norte-americana de carnegie Mellon.

O programa, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e cuja realização está já assegurada até 2017, já investiu em Portugal mais de €11,2 milhões em investigação avançada de carácter interdisciplinar, empreendedor e inovador, numa articulação direta com o tecido empresarial nacional. ?O seus projetos que agora conquistaram o financiamento do Programa Carnegie Mellon Portugal espelham esta aposta (ver caixa). Escolhidos entre 24 candidaturas cuja qualidade, João Claro, diretor nacional do Programa CMU Portugal, destaca, os seus projetos selecionados receberão €5,2 milhões de financiamento total destinados ao seu desenvolvimento e implementação.

Nesta edição das Entrepreneurial Research Initiatives (ERIs), a segunda, participaram além da Carnegie Mellon University, mais de quarenta instituições e empresas cuja relevância é salientada pelo diretor do programa.?“Neste conjunto de ERIs estão envolvidos parceiros institucionais de relevo e parceiros empresariais com uma forte presença no tecido económico a nível nacional e internacional, com um volume de cofinanciamento previsto de 1,4 milhões de euros”, realça João Claro. Do leque de organizações realçado pelo diretor do CMU Portugal fazem parte empresas como a Petrogal/ GALP Energia, SAPO Labs, Priberam, Lusotechnip, a First Solutions, BMD Software, Action Modulers, Veniam, Voice Interaction e a Steinbeis Advanced Risk Technologies.

Conhecimento com impacto social e económico
Segundo João Claro, “o painel de peritos internacionais que avaliou as candidaturas voltou a destacar a qualidade científica dos projetos apresentados a concurso, reforçando o seu contributo e potencial de impacto no contexto económico, social e científico”. Face a estes resultados, confirma, o objetivo é prosseguir a aposta em projetos de investigação “em que o desenvolvimento de conhecimento se integra estrategicamente com a criação de soluções para problemas concretos, com impacto social e económico.

Todos os projetos de investigação selecionados no âmbito deste ERIs são de base tecnológica e constítuidos por equipas multidisciplinares que integram, obrigatoriamente, investigadores de instituições portuguesas, da CMU e ou ou mais parceiros empresariais. Entre os seus selecionados estão projetos na área da saúde, indústria e web.
A parceria internacional que viabiliza o Programa Carnegie Mellon abrange mais de 300 estudantes de mestrado profissional e doutoramento de garu dual, compreendendo cerca de 50 projetos de investigação e mais de 120 empresas parceiras. Em Portugal, o programa impulsionou já a criação do Instituto de Tecnologias Interativas da Madeira e de 11 startups: Dognaedis, Feedzai, Geolink, Mambu, Orange Bird, Prsma, RedLight Software, Sentilant, Streambolico, Veniam e Virtual Trafic Lights.

Para onde vai o investimento
O painel de peritos de avaliação do Entrepreneurial Research Initiatives (ERIs) coordenado por H.S. Jamadagni, do Instituto Indiano de Ciência (India) - e também composto por David Padua (Universidade de Illinois, EUA), John Nerbonne (Universidade de Groningen, Irlanda), Rau Liu (Universidade de Maryland, EUA), Scott Acton (Universidade da Virginia, EUA), Stephen Markham (Universidade do Estado de Carolina do Norte, EUA) e Wei-Tek Tsai (Universidade do Estado do Arizona, EUA) - selecionou seus projectos que merecerão €5,2 milhões de investimento. Em comum têm a aplicação da tecnologia e inovação a distintos sectores de atividade.

.+Atlantic: o projeto liderado pelos investigadores Ramiro Neves (IST-ID - Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento) e Michael Griffin (CMU), propõe a aplicação da Ciência e Tecnologia Política e a Análise de Inovação para maximizar os benefícios económicos, ambientais e sociais da exploração do mar profundo e de petróleo e gás na região do Atlântico Sul.

. BioVisualSpeech: uma plataforma interativa com bio-feedback visual para terapia da fala, liderada pelos investigadores Sofia Cavaco (FCT/UNL) e Maxine Eskenazi (CMU).

. GoLocal: João Magalhães (FCT/UNL) e Jamie Callan (CMU) conceberam um projeto de monitorização de fluxos de dados globais de recomendação com base em contexto.

.S2MovingCity: irá monitorizar e servir uma cidade em movimento e é um projeto de Susana Sargento (IT/ Universidade de Aveiro) e Manuela Veloso (CMU).

.SCREEN-DR: a plataforma criada por Aurélio Campilho (INESC TEC/U.Porto) e Gustavo Rohde (CMU) permite realizar o rastreio da Retinopatia Diabética de forma inovadora, através da análise de imagens e aprendizagem computacional. 

.STRETCHTRONICS, Mecatrónica Flexível para Roupa e Biomedicina: o projeto de Aníbal Traça de Almeida (ISR-Coimbra) e Carmel Majidi (CMU) prevê o fabrico e implementação de aplicações em peças de vestuário com fins biomédicos.



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