A busca pela inovação tem sido o motor de sobrevivência de todos os sectores de atividade. Os exemplos são infindáveis: parece que foi ontem que a Uber revolucionou o mercado dos transportes; recentemente, a Tesla trouxe um novo paradigma à aquisição de automóveis e não precisamos de recuar para lá da recente pandemia para recordarmos um mercado de bens de consumo que se tornou maioritariamente digital. Uma realidade que veio dar relevo não só à eficiência do digital mas também à importância da experiência e interatividade entre clientes e marcas.
Mas se tratando-se de bens e serviços já tomamos estas transformações como certas, poderíamos ignorá-las quando o maior ativo são as pessoas? A resposta é, irremediavelmente, não. O sector dos recursos humanos tem vindo a inovar na forma como gere os seus ativos. A digitalização do emprego tem permitido, cada vez mais, tornar os processos de recrutamento mais eficientes, as jornadas de candidato mais curtas e a utilização de data intelligence com o propósito de proporcionar melhores experiências.
Mecanismos como plataformas de entrevista e assessments online, bases de dados dinâmicas/qualificadas e apps que fazem match entre clientes e candidatos permitem, numa primeira instância, automatizar recursos, mas são, acima de tudo, uma forma de os humanizar. Uma transformação tech que, na verdade, nos permite ser mais touch.
Talvez pareça contraditório, mas a digitalização deve ser encarada como a chave para libertar recursos no sentido de tornar as equipas mais eficientes, disponíveis e focadas na experiência e acompanhamento de candidatos, colaboradores e clientes. Inovar no sector dos RH é, essencialmente, adotar este mindset que coloca as pessoas no centro da equação. Afinal, nunca foi tão importante investir nas ferramentas certas para humanizar a relação com os nossos clientes. Nunca foi tão humano ser tech.