A taxa de desemprego situou-se em 5,8% em fevereiro de 2022, o valor mais baixo dos últimos 20 anos. Números animadores, sinal de retoma e de crescimento económico. Mas, à medida que recuperamos da crise pandémica mundial, uma coisa é certa: o mundo do trabalho mudou para sempre, a forma como os talentos encaram a sua vida profissional nunca mais será a mesma e a felicidade passou a ser a palavra de ordem.
Após dois anos de vidas colocadas em suspenso, com restrições às interações sociais como regra para conter uma ameaça de saúde pública, as pessoas adaptaram-se, descobriram modelos alternativos de trabalho, repensaram a sua vida pessoal e, com tudo isto, surge também uma nova perspetiva para a sua esfera profissional, onde a felicidade e o propósito passaram a ser fatores-chave.
É verdade que estamos gradualmente a retomar as nossas vidas e a deixar para trás esta crise que tanto nos marcou, mas a mudança de mentalidade é notória e desengane- se quem acredita que o fenómeno da great resignation (“grande demissão”) é coisa do passado, ela existe e veio para ficar!
E este é um novo paradigma ao qual as empresas e também as lideranças não podem ficar indiferentes, ainda para mais numa altura em que a escassez de talento continua a ser um desafio.
Alavancar o poder dos incentivos que vão para além do salário é essencial para conquistar talento, desenvolver estratégias focadas no bem-estar das pessoas, na sua valorização e desenvolvimento pessoal e contribuir para a sua ligação ao propósito da empresa, para o seu engagement e lealdade.
É, na verdade, ser people- -first e pensar nas pessoas como o bem mais valioso de qualquer organização, assegurando o seu bem-estar e contribuindo para a sua felicidade, porque no final do dia essa também é (e deve ser) a missão de qualquer empresa.