A Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa realiza de 2 de março a 30 de maio a segunda edição do curso Welcoming China que visa preparar novos profissionais para o acolhimento de turistas chineses. Esta formação tem como público-alvo jovens portugueses, profissionais ou estudantes, com domínio de mandarim e chineses, residentes em Portugal, com conhecimentos de português, ligados ao turismo e comércio.
“Os turistas chineses tendem a preferir os países onde o acolhimento pode ser feito na sua língua e onde a sua história e cultura não são desconhecidas”, explica João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal (TP). Esta foi uma das razões que levou este organismo a criar esta formação que para já é apenas ministrada na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, mas cujo objetivo é disseminar por outras escolas da rede do TP. Segundo previsões da Organização Mundial do Turismo, em 2020 a China poderá tornar-se o principal mercado emissor de turistas em todo o mundo. Para aumentar a notoriedade de Portugal como destino turístico, o TP desenvolveu um projeto de comunicação específico para o mercado chinês.
“A China é um importante mercado emissor de turistas para Portugal. Conhecer a língua e a cultura chinesa, muito diferente da europeia, permite uma maior adequação dos produtos turísticos portugueses a este mercado e um melhor acompanhamento dos turistas recebidos”, afirma João Cotrim de Figueiredo. O Welcoming China foi motivado pela necessidade evidenciada pelos agentes do sector da criação de formação que ajudasse a colmatar o défice de profissionais preparados para o acolhimento de chineses. A sua concepção teve a colaboração de diversas entidades, terá a duração de 150 horas, custa €450/participante, conta com 25 vagas e as inscrições decorrem até ao final de fevereiro. Vai abordar matérias como história portuguesa e cultura geral; património cultural e natural; itinerários e locais de interesse turístico; comunicação e gestão de grupos; gastronomia e vinhos; relação histórica e cultural entre os países e cultura chinesa.
Os candidatos realizam uma entrevista motivacional e no caso dos portugueses é aferida a fluência verbal e escrita em mandarim. “Houve a preocupação de desenvolver conteúdos de âmbito histórico, cultural e turístico, debruçando-se também sobre as principais motivações, interesses e hábitos culturais dos chineses, no sentido de otimizar o ajustamento da comunicação e melhorar a interação entre as duas culturas”, finaliza o presidente do Turismo de Portugal.