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Formação global e competitiva

Formação global e competitiva

Numa altura em que se fala de retoma da economia e em que o mercado de trabalho procura profissionais preparados para lidar com cenários variados e mudanças, as instituições de ensino superior nacionais apostam em metodologias e programas formativos que dêem novas competências aos seus alunos.

25.10.2014 | Por Maribela Freitas


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Viagens, estágios e formação dada no estrangeiro, programas de empreendedorismo e de aquisição de soft skills, cadeiras em novos domínios e trabalhos de consultoria para empresas, são algumas das ações formativas que instituições de ensino superior estão a desenvolver para preparar os seus alunos para a retoma. O objetivo é que estes tenham uma formação cada vez mais sólida e estejam preparados para enfrentar os desafios de um mercado de trabalho global e competitivo.

A Católica Lisbon criou novos programas em todos os ciclos para responder às necessidades do mercado. Por exemplo, na formação de executivos desenvolveu programas de estratégias de internacionalização e de marketing digital que são tendências nas empresas. Nos mestrados foram introduzidas disciplinas como lean entrepreneurship ou strategic management consulting project, para desenvolver competências. Os alunos podem também realizar um double degree, o que lhes permite a obtenção, ao fim de dois anos, de dois diplomas de mestrado, nesta escola e noutra de topo europeia ou brasileira.

Desde 2010 que os alunos do mestrado em gestão, economia e finanças têm a opção de participar numa viagem a Londres onde visitam empresas como a Goldman Sachs ou a Bloomberg. Aí resolvem case studies, discutem estratégias e recebem feedback em tempo real de consultores. “É uma oportunidade única de estabelecer contactos com profissionais destas empresas, das diferentes áreas de negócio e perceber como é o dia-a-dia destas pessoas. Facilita as decisões em relação ao seu futuro profissional e alarga a rede de contactos”, explica Guilherme Almeida e Brito, vice-diretor da Católica-Lisbon. Conta ainda que todos os anos têm tido alunos colocados em estágios de verão e posições permanentes nalgumas das organizações que têm visitado.

A vertente internacional está também em alta na Nova SBE. “Preparamos os alunos para um mercado global e mais de 40% desenvolvem carreiras internacionais”, revela Daniel Traça, director adjunto desta escola. No programa CEMS MIM, os alunos frequentam um dos três mestrados (economia, finanças ou gestão), um ano é feito em Portugal e o outro fora e têm de realizar um estágio internacional durante 10 semanas. No Master em Finance Brasil Europa, lançado em 2013, os alunos passam um semestre em São Paulo e uma semana em Londres. No próximo ano vai ser lançado o The Manhattan Project, em parceria com o Instituto de Gestão de Manhattan. Os estudantes vão poder conciliar durante um semestre o estágio numa empresa da cidade, com aulas à noite na escola. “A experiência profissional no estrangeiro enriquece o currículo dos alunos, prepara-os para trabalhar em ambientes multiculturais e ajuda-os a ter uma visão mais global do mundo dos negócios. Todos estes factores potenciam a empregabilidade e desenvolvimento pessoal e profissional”, frisa Daniel Traça.

Outra vertente é a ligação às empresas, por exemplo nas actividades de consultoria realizada pelos mestrandos e centros de conhecimento. “É uma oportunidade das empresas descobrirem no talento da Nova SBE um campo fértil de recrutamento de colaboradores“, finaliza Daniel Traça. Alerta para o que as empresas querem, no Lisbon MBA, realizado em parceria pela Nova SBE e a Católica Lisbon, “paralelamente à formação procuramos desenvolver a capacidade de gestão do stress, a resiliência, criatividade e competências interpessoais, valorizadas pelas empresas”, conta Anabela Possidónio directora executiva do MBA. Fazem-no através de workshops e formações, em ações pouco convencionais que podem abranger pintura, canto e outras encenações.

Na Universidade de Lisboa (UL) tem havido uma preocupação com a permanente actualização das matérias e curricula, integrando o conhecimento científico mais recente e a investigação produzida. “Temos também vindo a dinamizar actividades não curriculares que permitem aos alunos adquirirem competências de índole não académica que lhes permitem melhorar e complementar a sua formação”, salienta Eduardo Pereira, vice-reitor da UL. Dá como exemplo o start@ULisboa e o Start@Health ULisboa, dois programas de aceleração de negócios que permitem a aquisição de competências transversais na área do empreendedorismo.

A ligação da UL à comunidade empresarial é também intensa. As 18 escolas do seu universo trabalham em conjunto com empresas e desenvolvem actividades de I&D para estas. Uma opção que só traz benefícios. “A colaboração com o tecido produtivo é claramente um ganho para os nossos estudantes. Permite-lhes contactarem durante o curso com as empresas e serviços, contribuindo desta forma para a integração no mercado de emprego que aparece de forma natural”, finaliza Eduardo Pereira.



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