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CTT revalida competências

17.12.2004


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Maribela Freitas

OS CTT - Correios de Portugal SA inauguraram recentemente um Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (Centro RVCC). Com esta acção, a empresa pretende atingir um universo de cerca de 4000 funcionários com habilitações inferiores ao 9.º ano de escolaridade, que podem ver valorizados neste centro os conhecimentos adquiridos ao longo da vida.

No Centro de RVCC os interessados poderão obter uma certificação equivalente ao 3.º ciclo (9.º ano), 2.º ciclo (6.º ano) ou 1.º ciclo (4.º ano) do Ensino Básico, através de um processo de reconhecimento e validação das competências adquiridas ao longo da vida, completado nos casos em que tal seja necessário, por formação ajustada às necessidades.

«Queremos atingir 300 certificações por ano», explica Carlos Capela, responsável pelo Centro RVCC dos CTT. A empresa possui um universo de mais de quinze mil trabalhadores em que cerca de quatro mil não têm o nono ano de escolaridade. Carlos Capela refere que à partida «não iremos abranger este universo na totalidade, pois podem existir casos que não se enquadrem aqui».

Além disso, todo o processo começa pela inscrição do trabalhador no centro — que tem de partir da sua livre iniciativa —, depois é feita uma triagem em que se avaliam e se investigam as competências, se reconhecem e avaliam as componentes em falta e só depois, se avança para 25 horas de formação. Este processo está ainda estruturado em quatro áreas de competências-chave: linguagem e comunicação; matemática para a vida; tecnologias de informação e comunicação e cidadania e empregabilidade. Só depois de percorrido todo este caminho é que se atribui o respectivo diploma.

O centro dos CTT foi criado em Agosto passado e neste momento são seis os trabalhadores em processo de revalidação de competências. «Actualmente temos 70 inscrições e vamos avançar com novos grupos em Lisboa, Porto, Coimbra e Lamego/Armamar», salienta Carlos Capela. Acrescenta que «dentro de quatro ou cinco anos pretendemos ter atingido já todos os trabalhadores interessados neste processo».

Para o presidente desta empresa, Carlos Horta e Costa, «esta iniciativa surge pela responsabilidade social que nos cabe enquanto grande empregador nacional, mas também porque acreditamos que seremos uma empresa melhor, mais inovadora e competitiva, com trabalhadores mais qualificados».

O Centro RVCC dos CTT é autofinanciado e a sua criação «inscreve-se num projecto mais vasto e de maior alcance nacional: elevar os níveis de qualificação da população activa portuguesa, reduzir o abandono escolar precoce, aumentar as taxas de acesso à educação e formação ao longo da vida», finaliza Carlos Horta e Costa.

Está também em estudo um projecto de parceria que visa abrir este centro aos funcionários do Hospital da Estefânia — num total de 200 — e, assim, contribuir também para a revalidação das suas competências.






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