Vítor Andrdade
NO MEIO de tanta discussão que esta última semana ocorreu a propósito do desemprego em Portugal, houve uma opinião que me incomodou particularmente.
Não cheguei a perceber quem era a protagonista em causa, mas deu para entender que se tratava de uma representante sindical e que, perante as opiniões dos seus colegas de debate (foi num canal de televisão) favoráveis ao fomento do empreendedorismo, se lamentava dizendo que isso não era solução.
Desculpe, minha senhora, mas essa é talvez a melhor solução de todas. Enquanto os portugueses não cultivarem entre si o espírito do risco, da criação de valor, da inovação daquilo que, de facto, se chama sentido empreendedor, dificilmente atingirão melhores níveis de desenvolvimento e, consequentemente, de melhor qualidade de vida.
O país precisa de gente empreendedora como do pão para a boca, se quiser vingar no actual contexto internacional do qual jamais nos poderemos alhear.