João Barreiros
jpbarreiros@hotmail.com
AS EMPRESAS alemãs e francesas deram nas últimas
semanas um sinal muito claro de que chegou ao fim a progressiva redução
do tempo de trabalho semanal. A primeira foi a Siemens, seguindo-se outros
gigantes da indústria, como a Continental ou o Thyssenkrupp.
A concorrência de Leste está a apertar cada vez mais, pelo
que a única forma de manter empregos - dizem alguns - é
aumentar o período de trabalho, em vez de o diminuir, mantendo
os mesmos salários. É uma amarga tendência que agora
se desenha, em nome do combate por uma maior produtividade.
Pede-se aos trabalhadores que esqueçam a semana das 35 horas, já
praticada em muitas empresas. Se não modernizarmos os nossos processos
laborais, mudando práticas e atitudes, como será quando
a onda atingir Portugal, país de muitas horas de trabalho e pouca
produtividade?