Um currículo deve ser o mais completo possível. Isso implica que não haja tempos mortos entre um emprego e o outro. Estar sem fazer nada por um período superior a 6 meses não é facilmente explicável, porque se por um lado pode não ter ofertas de emprego, por outro, há sempre actividades com que pode ocupar o seu tempo ou investi-lo em formação contínua.
Se está desempregado, não fique sem fazer nada, dedique-se a:
Aprender ou aperfeiçoar uma língua estrangeira;
Frequente um curso de informática ou tecnologias da informação, que são sempre úteis para melhorar o seu currículo;
Arranje um part-time, de preferência na sua área, se não, um que lhe possibilite aprender uma actividade/profissão cujos conhecimentos possa vir a utilizar mais tarde;
Participe em actividades culturais, conferências, workshops;
Compre revistas especializadas da sua área, ponha-se a par de todas as evoluções no mercado;
Se tem interesse nalguma empresa aprenda tudo sobre ela;
Todos estes conhecimentos vão-lhe ser muito úteis, principalmente se os mencionar no currículo. Para além do empregador perceber que é uma pessoa activa e com objectivos, ajuda-o a traçar o seu perfil e a encontrar motivos para o contratar.
Cada trabalhador traça o seu percurso e as suas escolhas profissionais no currículo, que não é mais do que uma ferramenta para avaliar as capacidades e competências de um indivíduo. Para o empregador o currículo é a imagem do próprio indivíduo.
Ora se não estiver actualizado, se não mostrar dinamismo, versatilidade e não seguir uma determinada sequência lógica, a sua imagem vai ficar confusa, fragmentada e não vai contribuir nada para ser contactado pela empresa que deseja.
Um currículo preenchido obriga a determinados sacrifícios, como ter de aceitar estágios ou empregos intermédios, com condições pouco aliciantes, mas que representam etapas importantes para alcançar o emprego que realmente deseja.
O importante é ter uma visão a longo prazo. Nem sempre as oportunidades que aparecem são as melhores, mas para além da experiência que cada uma proporciona, elas fomentam outras oportunidades.
Estar parado equivale a perder tempo e experiência. Um período, mesmo que pequeno, sem nenhuma ocupação é difícil de explicar, porque não há uma linha contínua. Uma paragem é um lapso no currículo que o obriga a ter de se justificar. O que só vai desviar a entrevista do que realmente interessa.
Um currículo claro e auto-explicativo é a melhor forma de captar o interesse do empregador. A escolha de uma profissão, de um curso, por si só não basta. As exigências actuais premeiam a diversificação de conhecimentos e competências e a formação contínua.
O futuro começa a traçar-se no presente. A procura da credibilidade e do respeito na sua profissão e na sua área obriga-o a ser fiel a uma linha de actuação, que não é mais do que a sua marca. É isso que um empregador procura no seu currículo.
CN