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Histórias de sucesso



01.01.2000



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Um futuro promissor

Quando era pequeno queria ser comandante de avião mas os seus voos foram outros e foi aterrar na Maxitel como Gestor de Produto. Nuno Gonçalves Lopes tem apenas 23 anos, uma carreira invejável e é um exemplo a seguir.


Em criança, o que é que queria ser?
Sempre quis ir para informática. Desde que me conheço sempre foi o que quis fazer.
Anterior a isso, ainda num sonho de criança, queria ser comandante de um avião.

O que o levou a optar por esta profissão?
Começou por uma brincadeira, mais precisamente por um convite que me fizeram na altura para trabalhar na Teleweb em part-time, para a direcção de apoio a clientes da parte de Internet, foi assim que entrei para as telecomunicações.
A Teleweb estava muito vocacionada para a Internet e estive lá exactamente um ano, foi então que surgiu uma oportunidade na Maxitel, precisavam de alguém que desempenhasse as mesmas funções no sector de apoio a clientes.

Havia apenas um produto de Internet, basicamente era uma conta de acesso e uma conta de email, só para que as empresas nossas clientes tivessem um serviço integrado.
Por volta de Maio do ano passado decidimos arrancar com toda a linha de produtos de Internet e tornar a Maxitel num ISP (Internet Service Provider).

Este objectivo impôs a necessidade de uma equipa de marketing e assim passei do apoio a clientes para a área de gestão de produtos. Foi então desenvolvida toda a linha de produtos da área empresarial e residencial.

Quais foram as dificuldades encontradas?
Não tive grandes dificuldades até porque a evolução foi super fácil, tanto na Teleweb como na Maxitel.
Quando passei para a área de marketing na Maxitel não tinha experiência, a área de gestão de produto foi completamente inovadora, lançar tudo, fazer todo o plano de negócios e de produtos lançados foi completamente novo para mim, mas houve imenso apoio da empresa e das pessoas que trabalhavam em marketing.

Desde sempre o contacto com o mundo do trabalho marcou-o pela positiva?
Sim. Neste momento tenho muita pena que a Teleweb esteja prestes a fechar, por ter sido lá que comecei.

Qual o maior desafio profissional que enfrentou?
A linha de produtos de Internet da Maxitel. Tornar a Maxitel e toda a estrutura da empresa num ISP foi um processo de aprendizagem, isto porque não existia a vertente ISP, funcionava mais a parte de telecomunicações em si, os telefones e não a internet.
Na altura fizemos o lançamento do produto, agora faz-se a gestão e acompanhamento de vendas, lançamento de campanhas, fidelização de clientes e toda a parte de integração do projecto dentro da empresa.

Qual o passo decisivo para o seu sucesso?
O mais radical foi o marketing, mas foi sempre muito progressivo, o projecto caiu-me nos braços e fui evoluindo
Quais os aspectos mais e menos positivos do seu trabalho?
A consciencialização de que existe uma estrutura bastante pesada, em que é necessário pôr todas as peças a funcionar voltadas para um produto novo que não seria a principal vocação da empresa, é complicado. Além disso é preciso motivar as pessoas para que as coisas funcionem, é um grande desafio!

Dentro da sua área existe algum sector específico em que gostasse de se concentrar?
A parte da gestão da linha de produtos e a promoção de novos produtos.
Há uma fase conturbada que estamos a atravessar mas temos alguns projectos na manga, um deles é a renovação da nossa página institucional que vai sair brevemente e terá de levar uma grande volta. Estamos também a pensar num portal de telecomunicações.
Somos inovadores porque somos os únicos a fazer um relatório de telecomunicações, um documento anual muito importante neste mercado.

Que conselhos daria a quem está a pensar seguir esta profissão?
Gostar muito do que se faz! senão não vale a pena. Se a pessoa não gostar não consegue nunca motivar as outras, que é muitas vezes a parte mais difícil quando se trata de um projecto novo.

A universidade teve algum peso na opção que tomou em relação à sua carreira?
Não teve nada a ver, o meu curso é informática e é puramente programação.
Em 1995, com 17 anos, entrei para o curso de Engenharia de Informática da COCITE - Cooperativa de Ensino Superior de Técnicas Avançadas de Gestão e Informática - e em 97 consegui transferência para a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Neste momento é algo que não me consigo ver a fazer. Já gostei muito de programação há quatro anos atrás, neste momento nunca seria capaz de estar fechado em casa a programar.
O marketing é um desafio completamente diferente, interage-se muito mais com as pessoas, vê-se o efeito dos produtos no mercado, se foram ou não bem absorvidos pelo público alvo. Fiquei completamente desmotivado ao nível do curso, é bem possível que inicie um diferente na área de marketing é claro!

O que se imagina a fazer no futuro?
Imagino-me a fazer a mesma coisa porque gosto mesmo do que faço, mas nunca se sabe o dia de amanhã.
Tive uma evolução progressiva, acho que foi a punho. Estar como Gestor de Produto e ter lançado uma linha de produtos aos 23 anos foi uma conquista bastante grande.

AF




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