Um futuro promissor
Quando era pequeno queria ser comandante de
avião mas os seus voos foram outros e foi aterrar na Maxitel como
Gestor de Produto. Nuno Gonçalves Lopes tem apenas 23 anos, uma
carreira invejável e é um exemplo a seguir.
Em criança, o que é que queria
ser?
Sempre quis ir para informática. Desde que me conheço sempre
foi o que quis fazer.
Anterior a isso, ainda num sonho de criança, queria ser comandante
de um avião.
O que o levou a optar por esta profissão?
Começou por uma brincadeira, mais precisamente por um convite que
me fizeram na altura para trabalhar na Teleweb em part-time, para a direcção
de apoio a clientes da parte de Internet, foi assim que entrei para as
telecomunicações.
A Teleweb estava muito vocacionada para a Internet e estive lá
exactamente um ano, foi então que surgiu uma oportunidade na Maxitel,
precisavam de alguém que desempenhasse as mesmas funções
no sector de apoio a clientes.
Havia apenas um produto de Internet, basicamente era uma conta de acesso
e uma conta de email, só para que as empresas nossas clientes tivessem
um serviço integrado.
Por volta de Maio do ano passado decidimos arrancar com toda a linha de
produtos de Internet e tornar a Maxitel num ISP (Internet Service Provider).
Este objectivo impôs a necessidade de uma equipa de marketing e
assim passei do apoio a clientes para a área de gestão de
produtos. Foi então desenvolvida toda a linha de produtos da área
empresarial e residencial.
Quais foram as dificuldades encontradas?
Não tive grandes dificuldades até porque a evolução
foi super fácil, tanto na Teleweb como na Maxitel.
Quando passei para a área de marketing na Maxitel não tinha
experiência, a área de gestão de produto foi completamente
inovadora, lançar tudo, fazer todo o plano de negócios e
de produtos lançados foi completamente novo para mim, mas houve
imenso apoio da empresa e das pessoas que trabalhavam em marketing.
Desde sempre o contacto com o mundo do trabalho
marcou-o pela positiva?
Sim. Neste momento tenho muita pena que a Teleweb esteja prestes a fechar,
por ter sido lá que comecei.
Qual o maior desafio profissional que enfrentou?
A linha de produtos de Internet da Maxitel. Tornar a Maxitel e toda a
estrutura da empresa num ISP foi um processo de aprendizagem, isto porque
não existia a vertente ISP, funcionava mais a parte de telecomunicações
em si, os telefones e não a internet.
Na altura fizemos o lançamento do produto, agora faz-se a gestão
e acompanhamento de vendas, lançamento de campanhas, fidelização
de clientes e toda a parte de integração do projecto dentro
da empresa.
Qual o passo decisivo para o seu sucesso?
O mais radical foi o marketing, mas foi sempre muito progressivo, o projecto
caiu-me nos braços e fui evoluindo
Quais os aspectos mais e menos positivos do seu trabalho?
A consciencialização de que existe uma estrutura bastante
pesada, em que é necessário pôr todas as peças
a funcionar voltadas para um produto novo que não seria a principal
vocação da empresa, é complicado. Além disso
é preciso motivar as pessoas para que as coisas funcionem, é
um grande desafio!
Dentro da sua área existe algum sector específico
em que gostasse de se concentrar?
A parte da gestão da linha de produtos e a promoção
de novos produtos.
Há uma fase conturbada que estamos a atravessar mas temos alguns
projectos na manga, um deles é a renovação da nossa
página institucional que vai sair brevemente e terá de levar
uma grande volta. Estamos também a pensar num portal de telecomunicações.
Somos inovadores porque somos os únicos a fazer um relatório
de telecomunicações, um documento anual muito importante
neste mercado.
Que conselhos daria a quem está a pensar
seguir esta profissão?
Gostar muito do que se faz! senão não vale a pena. Se a
pessoa não gostar não consegue nunca motivar as outras,
que é muitas vezes a parte mais difícil quando se trata
de um projecto novo.
A universidade teve algum peso na opção
que tomou em relação à sua carreira?
Não teve nada a ver, o meu curso é informática e
é puramente programação.
Em 1995, com 17 anos, entrei para o curso de Engenharia de Informática
da COCITE - Cooperativa de Ensino Superior de Técnicas Avançadas
de Gestão e Informática - e em 97 consegui transferência
para a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Neste momento é algo que não me consigo ver a fazer. Já
gostei muito de programação há quatro anos atrás,
neste momento nunca seria capaz de estar fechado em casa a programar.
O marketing é um desafio completamente diferente, interage-se muito
mais com as pessoas, vê-se o efeito dos produtos no mercado, se
foram ou não bem absorvidos pelo público alvo. Fiquei completamente
desmotivado ao nível do curso, é bem possível que
inicie um diferente na área de marketing é claro!
O que se imagina a fazer no futuro?
Imagino-me a fazer a mesma coisa porque gosto mesmo do que faço,
mas nunca se sabe o dia de amanhã.
Tive uma evolução progressiva, acho que foi a punho. Estar
como Gestor de Produto e ter lançado uma linha de produtos aos
23 anos foi uma conquista bastante grande.
AF