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Faça yôga antes que você precise



01.01.2000



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Faça Yôga antes que você precise

ANTÓNIO PEREIRA *



Numa sociedade em constante mudança, em que cada vez mais nos é exigido uma grande capacidade de adaptação às situações, às pessoas e a tudo o que faz parte da nossa vida, exigindo uma maior capacidade de gestão pessoal, torna-se fundamental estar em plena forma física, emocional e mental. Por isso é extremamente importante a adopção de um estilo de vida saudável, em que entre a prática de um exercício corporal e mental inteligente, uma alimentação adequada e uma forma de estar na vida mais positiva. Esse método, por todos esses motivos e outros mais é o Yoga. Então, faça Yôga antes que você precise.


O Yôga é uma filosofia de vida, uma filosofia prática baseada exclusivamente em técnicas que nos ensinam, por exemplo, como respirar melhor, como relaxar, como nos concentrarmos e como trabalhar os músculos, articulações, nervos, glândulas endócrinas, orgãos internos, etc. através de exercícios físicos extremamente bonitos, fortes, mas que respeitam o ritmo biológico do praticante.

O Yôga, nas suas etapas iniciais, fornece um aumento de saúde para que o indivíduo suporte o empurrão evolutivo que ocorrerá durante a jornada e, simultaneamente, proporciona o tempo necessário, ao ampliar a expectativa de vida, de modo a que o praticante consiga em vida, atingir a meta do Yôga - o samádhi (um estado de consciência de megalucidez).
O Yôga teve a sua origem há mais de 5000 anos, na antiga Índia, mais propriamente na região do Vale do Indo, onde habitava o povo drávida. O fundador do Yôga foi um homem que posteriormente ingressou na mitologia com o nome de Shiva e com o título de Nataraja, Rei dos Bailarinos.

O Yôga foi produto de uma civilização não guerreira, naturalista e matriarcal. O Yôga original, o mais antigo e completo caracterizava-se por ser fortemente naturalista, isto é não-místico, sensorial e desrepressor.

A partir de mais ou menos 1500 a.C. a Índia foi invadida pelos aryas ou arianos, povo guerreiro, místico e patriarcal que passou a dominar a Índia e influenciou toda a sua cultura e costumes. Desde esse momento, o Yôga passou a sofrer sucessivas deturpações que o tornaram místico, repressor e anti-sensorial.
No séc.XX o Yôga foi ocidentalizado e mais uma vez deturpado, tornando-o utilitário, consumista, feio, algo amorfo e maçador. Por isso, a maioria das pessoas pensa que o Yôga é algo parado, a ponto de requerer paciência ou, algo supostamente indicado para a terceira idade.

Porém, o Yôga legítimo é lindo de se assistir, é fascinante de se praticar e é excelente como filosofia de vida. É dinâmico, é forte, é para gente jovem biologicamente. É sensorial, desrepressor e fortemente naturalista (não-místico).

Em todos os textos antigos o Yôga é associado aos conceitos de poder, força, energia e dinamismo. Yôga é uma palavra masculina que significa união, integridade, integração. O Yôga é uma filosofia de vida, uma filosofia prática que tem como meta o autoconhecimento.


A melhor definição técnica do Yôga é a seguinte:
"Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi."

( Mestre DeRose, livro "Faça Yôga Antes Que Você Precise", Ed. Universidade Internacional de Yôga)


O samádhi é a meta do Yôga. O samádhi é o estado de hiper-consciência, de megalucidez, que só pode ser desenvolvido pelo Yôga. É um estado de consciência que se encontra além da meditação.
De todos os tipos de Yôga existe um que é especial por ser o mais completo, o mais forte, antigo, bonito e fascinante. Produz efeitos rápidos e duradouros como nenhum outro. É o Yôga mais antigo, do periodo pré-clássico, de nome arcaico Dakshinacharatantrika-Niríshwarasámkhya Yôga. É o próprio Yôga original, naturalista (não-místico), sensorial e despressor.

No séc. XX, esse Yôga, pré-clássico, pré-ariano, proto-histórico, após a sistematização efectuada pelo Mestre De Rose, passou a ser designado por Swásthya Yôga (Yôga da auto-suficiência).
O Swásthya Yôga contém os elementos que fundamentam as outras modalidades de Yôga. Não existe, nenhum outro tipo de Yôga tão completo.
O Swásthya Yôga tem raízes sámkhyas (naturalistas). Por isso é um Yôga extremamente técnico, dinâmico e que não admite misticismo, agrada mais às pessoas dinâmicas, realizadoras e de raciocínio lógico.

É um Yôga tântrico, isto significa que é sensorial e desrepressor. Desrepressor significa que não proibe nada e ainda contribui para desreprimir. Orienta, mas não reprime. Sensorial significa que respeita e valoriza o corpo, a sua beleza, a sua saúde, os seus sentidos e o seu prazer. Esse respeito pela liberdade do praticante tem sido uma das mais cativantes características do nosso tipo de Yôga.

O Swásthya Yôga executa os exercícios sincronizados harmoniosamente, os quais, brotam uns dos outros mediante passagens, que permitem a existência de verdadeiras coreografias de técnicas corporais, as quais nenhum outro tipo de Yôga possui.
Finalmente, o Swásthya Yôga é o único Yôga no mundo que possui regras gerais, ou seja, é o único que oferece auto-suficiência ao praticante.
Swásthya é um termo sânscrito que significa auto-suficiência, saúde física e mental, bem estar, conforto, satisfação.

O Swásthya Yôga foi codificado, no séc. XX, pelo Mestre DeRose, e é o nome da sistematização do Yôga mais completo do mundo, Yôga Ultra-Integral, baseado em raízes muito antigas (Dakshinacharatantrika-Niríshwarasámkhya Yôga).
O Swásthya Yôga é estritamente técnico, naturalista, sensorial e desrepressor. Isto significa que abomina o misticismo e louva o culto do bem estar e da liberdade. Desse modo, é estimulada a descontracção, a alegria, a sexualidade sadia, a prosperidade, o sucesso sócioeconómico.


São três as características principais do Swásthya Yôga:

1) ASHTANGA SÁDHANA

A sua característica principal é a prática integrada em oito módulos de técnicas:
    1) mudrá (gesto reflexológico feito com as mãos);
    2) púja (retribuição de energia);
    3) mantra (vocalização de sons e ultra-sons);
    4) pránáyáma (domínio da bioenergia através de exercícios respiratórios);
    5) kriyá (actividade de purificação das mucosas);
    6) ásana (posição física estável e confortável);
    7) yôganidrá (técnica de descontracção);
    8) samyama (concentração, meditação e outros estados mais profundos).


2) REGRAS GERAIS DE EXECUÇÃO

Uma das maiores contribuições da sistematização feita pelo Mestre De Rose, foi o advento das regras gerais, que não se encontram em nenhum outro tipo de Yôga. No Swásthya Yôga as regras gerais simplificam a aprendizagem e aceleram o progresso do praticante.

3) SEQUÊNCIAS COREOGRÁFICA
Esta é uma característica importante que resgata o conceito primitivo de treino, que consiste em execuções mais naturais, sem repetições, com passagens que estabelecem ligações entre os exercícios, permitindo melhor fluidez, numa sequência semelhante a uma coreografia.
Assim se explica a fama que o Swásthya Yôga tem, de produzir rápidamente uma espantosa flexibilidade, um excelente fortalecimento muscular, um aumento da vitalidade e uma melhor administração do stress.
Além desses efeitos, a prática do Swásthya Yôga regulariza o peso, melhora a irrigação cerebral, a consciência corporal, a coordenação motora, o alongamento muscular, a higiene interna das mucosas, fricciona plexos, glândulas e orgãos, aumenta a energia vital, a capacidade pulmonar, melhora o controle das emoções, permite o contacto do consciente com o inconsciente, equilibra os impulsos de introversão/extroversão, melhora a concentração e proporciona a megalucidez e o autoconhecimento.
Estes efeitos e muitos outros, são simples consequências da prática de exercícios. Ocorrem como resultado natural de nos encontrarmos a exercitar uma filosofia de vida saudável.
O Swásthya Yôga destina-se a pessoas jovens, de ambos os sexos, dos 15 anos em diante, que pretendam melhorar a sua forma física e mental visando um maior bem estar, auto-aperfeiçoamento e autoconhecimento
Para iniciar a sua prática de Yôga procure um instrutor ou professor formado pela Universidade Internacional de Yôga, entidade representada em Portugal pelas Unidades da REDE DeROSE.
Hoje os iniciantes ao frequentarem o Curso Básico de Yôga, da Universidade Internacional de Yôga, tem acesso às matérias que antes eram destinadas exclusivamente aos futuros instrutores.


* Discípulo directo do Mestre DeRose, há mais de 20 anos;
Prof. de Swásthya Yôga formado pela Universidade Internacional de Yôga;
Director-Geral da Unidade António Pereira, da REDE DeROSE;
Director da Universidade Internacional de Yôga;
Presidente da Associação Profissional de Professores e Instrutores de Yôga de Lisboa.
Tel.: 21 846 39 74






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