Carreiras

"Quem sai prejudicado são as pessoas jovens"



01.01.2000



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"Quem sai prejudicado são as pessoas jovens"

Olá!

Resolvi escrever-vos, não por ter uma história particularmente interessante ou original para vos contar, mas porque realmente sabe bem por cá para fora aquilo que achamos que está mal, e que devia mudar. Neste caso o assunto é um caso de péssima gestão de Recursos Humanos, que me envolve a mim. Trabalho numa agência de um Banco português, relativamente bem visto, a nível de imagem exterior.

Após resposta a anúncio publicado, fui seleccionada, conjuntamente com outras pessoas para trabalhar em agência, com um «programa», que àpartida era o seguinte:

7 meses de estágio, e mais 6 meses de contrato a prazo. Ao fim desses 6 meses, seríamos integrados, como efectivos. Actualmente, já fiz o referido estágio, e já decorreram bem mais do que os 6 meses de contrato a prazo, e nem eu, nem a maior parte dos colegas que entraram comigo estamos efectivos, como nos tinham indicado. Além disso o estágio não nos dá qualquer direito a férias, nem conta como período de trabalho para fins de apoios sociais, em casos de despedimento, reforma, etc.. No meu caso em particular, acrescenta-se ainda a incrível falta de discernimento na Gestão dos Recursos Humanos, que prejudica toda a equipa com a qual trabalho: fui contratada para uma função para a qual tinha pouca experiência, ocupando um lugar que após pouco tempo de vivência na agência, percebi que deveria ter sido atribuído a colegas, que apesar de jovens, pouco mais velhos do que eu, e com óptimos conhecimentos na praça, foram quase «despromovidos» com a minha entrada.

Actualmente debato-me com uma situação paradoxal: por ter um «canudo», ocupo um lugar que nitidamente deveria ter sido atribuído a outros colegas com mais experiência, e, como estou nesse lugar, ninguém me dá os apoios necessários a uma pessoa pouco experiente e exigem-me objectivos extremamente difíceis de alcançar, com nenhum conhecimento que tenho na praça dos clientes (algo que esses colegas têm). Para melhorar toda esta situação tenho um gerente de agência, que estando lá há pouco tempo, precisa de se impôr, e que me trata literalmente «abaixo de cão», ao ponto de dizer, a sério, que eu nem 1/4 de função que me foi atribuída sou! Se isto é motivar alguém...

Concluíndo: se soubesse os graves problemas de gestão de recursos humanos que se vivem onde estou a trabalhar, jamais teria saído do meu anterior trabalho. Infelizmente casos como este, de não se saber gerir recursos humanos e de dar uma ideia quase «dourada» a um candidato, e de depois tudo se revelar o oposto, devem ser frequentes. O pior de tudo, é que quem sai prejudicado são as pessoas jovens, como eu, que estando a prazo facilmente acabam por ser o «bode espiatório» daquilo que vai mal numa empresa ou local de trabalho. Dado o ponto da situação, em que o meu desgaste já é enorme, a minha luta agora é por encontrar outro trabalho, e ter de começar tudo de novo. Deixo-vos este meu testemunho, de o que não deve ser a gestão de recursos humanos, na minha opinião, e mais uma prova de que realmente o mundo do trabalho para os jovens não está nada fácil, e é preciso muito pensamento positivo e não desistir nunca. Por isso é que vejo o Expresso emprego todos os Sábados. Acredito que vou conseguir.


Obrigada.








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