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Todos os Trabalhos São Importantes

Inteligência artificial: estamos prontos?



26.05.2023



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A inteligência artificial  (IA) não é uma tecnologia recente, mas  é, inegavelmente, a  mais promissora da atualidade. Contudo, o seu potencial  encerra o paradoxo de, num  futuro mais breve do que talvez possamos prever, alterar  significativamente a nossa  forma de trabalhar. Os dados  mais recentes, fornecidos  pelo World Economic Forum,  apontam para cerca de 14 milhões de postos de trabalho  afetados a nível mundial nos  próximos cinco anos.

É verdade que tecnologias  como a automação e ferramentas de machine learning vão (ou já estão?) ter um enorme impacto em job functions que dão primazia a tarefas  rotineiras, substituindo funções administrativas que antes eram feitas com recurso  a mão de obra humana. Mas  não é menos importante  reconhecer que a IA tem o  potencial de criar novas oportunidades de emprego para  aqueles que consigam reconhecer o seu valor.

Mas mais do que cair no  binómio fácil “risco vs. oportunidade”, e face à inevitabilidade de termos de lidar  com este que em breve será o  “novo normal”, a questão que  se impõe é: estamos preparados para o abraçar? A questão  não é tanto o que nos trará o  futuro, mas sim se estamos a  fazer a nossa parte, enquanto  sociedade, para acompanhar  a disrupção tecnológica que  está prestes a acontecer. Se a  nossa realidade futura passa  pela forma como vamos adotar a presença das máquinas/ tecnologia nas nossas tarefas  diárias, não dedicar ao tema  a importância devida parece-me um erro que pode ter custos elevados para as empresas  e para a sociedade em geral.

As medidas devem passar  pelo investimento, por parte  de empresas e das próprias  instituições governamentais,  em programas de reskilling que permitam a aquisição  das competências necessárias à interação com estas  ferramentas, garantindo que  ninguém fica para trás. Ao  mesmo tempo, cabe aos líderes promover uma cultura  de aprendizagem contínua,  com programas de desenvolvimento de carreira, mentoring e coaching, já que este  será o motor de engrenagem  para manter os colaboradores como parte da transformação digital. Em paralelo,  criar equipas multidisciplinares com diferentes áreas de  especialização para transmissão de conhecimento e para  que o fator motivação nunca  seja um problema. O mundo  vai mudar e tornar-se (ainda  mais) tech, cabe-nos fazer a  nossa parte para que continue  a ser o lado humano a fazer a  diferença.

Presidente executivo  da Multipessoal






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