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Metal português contrata 2000 a cada ano

Metal português contrata 2000 a cada ano

Vende para mais de 200 mercados mundiais e figura no top dos maiores sectores exportadores nacionais. A indústria metalúrgica e metalomecânica nacional soube 'fintar' a crise e crescer nos últimos anos, em faturação, em volume de exportações e em postos de trabalho criados. As 15 mil empresas do sector asseguram em Portugal mais de 200 mil empregos. Em 2015 o desafio é contratar perfis cada vez mais específicos e qualificados.

05.06.2015 | Por Cátia Mateus


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“É o sector industrial português com maior vocação exportadora e que tem sustentado a sua base de crescimento na procura e diversidade dos mercados externos”, afirma o vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (Aimmap), Rafael Campos Pereira, destacando a crescente qualificação dos profissionais e a especificidade das funções que acompanhou o crescimento do sector nos últimos anos, conduzindo à criação da marca Metal Portugal. A indústria trabalha, simultaneamente, produtos tão diversos como as cutelarias e louça metálica, a produção de máquinas e equipamentos, os equipamentos de transporte no sector automóvel, ferroviário ou aeronáutico e as peças técnicas de elevada precisão e engenharia, empregando mais de 200 mil profissionais em Portugal. Um número que cresce a um ritmo médio de dois mil novos empregos anuais e que em 2015 promete voltar a aumentar.

?Entre 2010 e 2014, o sector cresceu 30% nas exportações, atingindo o valor de 13,8 mil milhões de euros no último ano, com os mercados europeus a representarem 70% dos destinos dos produtos produzidos pela indútria em Portugal. Segundo Rafael Campos Pereira, este crescimento foi maioritariamente impulsionado pelos segmentos dos materiais de transporte (37%) - junta automóvel, unidades de produção naval, ferro carril e aeronáutica -, pelas máquinas e equipamentos (23%) e pelos produtos metálicos, onde se incluem a louça e as cutelarias (20%). Para 2015, o vice-presidente executivo da Aimmap prevê um crescimento superior que deverá fazer-se acompanhar pela criação de novos postos de trabalho, “com mais qualificações e mais exigências de conhecimento”, realça.

Uma indústria em contraciclo
“Os empresários do sector fizeram nos últimos anos um esforço enorme no sentido de aumentar a capacidade produtiva, de procurarem novos mercados e de apostarem de forma continuada e sustentada na qualidade e inovação dos seus produtos e serviços”, enfatiza o Rafael Campos Pereira. Um investimento que para o vice-presidente gerou resultados muito práticos no sector, nomeadamente ao nível da empregabilidade e qualificação dos profissionais. Em 2014 foram gerados mais de dois mil novos empregos e, garante, os desempregados que se inscrevem no instituto de emprego, com competências nesta área, são rapidamente absorvidos pelo mercado.?

Com uma lista de clientes que inclui empresas como a NASA, a Siemens e as principais empresas do sector automóvel, a indústria metalúrgica e metalomecânica nacional modernizou-se e elevou as exigências na contratação. “O enquadramento dos profissionais tem hoje características únicas, desde logo pela enorme competência técnica exigida, com conhecimentos profundos nas diversas áreas de atuação”, realça confirmando alguma dificuldade em Portugal perfis com competências em áreas muito específicas, tanto mais que “em algumas partes da sociedade ainda há um grande desconhecimento desta indústria que é hoje mais limpa, mais organizada, mais bem paga e mais exigente do ponto de vista dos conhecimentos tecnológicos dos seus profissionais”.?

As funções intermédias nas operações industriais, como sejam os operadores de máquinas ou os profissionais com competências específicas (soldadores, torneiros mecânicos, fresadores, por exemplo) figuram entre os mais procurados pela indústria que, fruto do caminho de internacionalização que as suas empresas têm traçado, privilegia já perfis com fortes conhecimentos técnicos e capacidade comercial, a par com o domínio de idiomas estrangeiros. Rafael Campos Pereira garante que “o sector está bem posicionado para responder a necessidades de mercados exigentes que procuram qualidade, precisão, engenharia e time to market”, mas terá de continuar a apostar na constituição de equipas profissionais sólidas e com competências de excelência. Uma aposta que segundo o responsável tem contado com o apoio do CENFIM, centro de formação para o sector que, em sintonia com as empresas, trabalhado na qualificação de profissionais numa área que diz ter empregabilidade assegurada.



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