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De que são feitos os líderes?

De que são feitos os líderes?

De certo já se perguntou inúmeras vezes que competências é preciso ter para chegar ao topo da carreira e liderar uma equipa de excelência. A Qlik, uma empresa mundial especializada em análise de dados, tem a resposta à sua questão.

25.10.2014 | Por Cátia Mateus


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Entre Mark Zuckerberg, um dos fundadores do Facebook, e Jorge Martins, o recém-nomeado CEO da Capgemini em Portugal, poderá haver mais semelhanças do que à primeira vista se possa imaginar. Para começar, ambos fogem na idade ao padrão típico dos presidentes executivos (CEOs) das grandes empresas, apurado pela multinacional americana Qlik no estudo “Where do CEOs come from?”, que revela que os principais CEOs do mundo têm em média 54 anos. Depois, poderão existir outros traços em comum, como o forte investimento na formação e a vontade de atrair os melhores para a sua equipa.

Homem, 54 anos de idade, com formação académica em Harvard, Oxford ou Cambridge, maioritariamente na área das ciências económicas e gestão de empresas. É este o perfil dominante dos grandes CEOs mundiais apurado em julho deste ano pela multinacional americana especialista em data discovery, no seu estudo focado no perfil e experiência dos principais líderes empresariais do mundo. Lorna Díaz, diretora de marketing da Qlik Ibérica, realça a forte mobilidade internacional destes profissionais referindo como exemplo a Suíça onde, “um terço dos CEOs são estrangeiros”. Para a especialista, “o perfil do CEO é bastante similar em todos os países, sendo geralmente homem, com cerca de 50 anos e tendo estudado numa das universidades mais prestigiadas do mundo”.

A este propósito, o estudo da Qlik conclui que 92% dos CEOs têm um curso superior universitário e que além da já referida preferência pelas ciências económicas e pela gestão, muitos executivos são também formados em Engenharia ou Direito. Harvard e as instituições de “Oxbridge” (Oxford e Cambridge) são as universidades mais frequentadas, ainda que a Universidade de Manchester, o Imperial College of London e a Universidade de Tóquio também se destaquem entre as preferências dos  CEO em matéria de formação. Curioso é o facto de, segundo o estudo da Qlik, apenas uma quinta parte (18%) dos principais CEOs do mundo deterem um MBA, numa altura em que esta formação executiva é apontada como um dos caminhos mais diretos para a liderança empresarial.  

A investigação da Qlik baseou-se nos CEO das empresas que integram o índice UK FTSE 100 e 250, bem como na informação sobre os diretores executivos das companhias mais importantes da Ásia-Pacífico, Alemanha e Suíça. Além do perfil e da formação, a multinacional analisou também factores como a rotatividade e o percurso profissional dos CEOs, concluindo que 52% dos executivos ocupa o cargo durante um período inferior a cinco anos e que antes de exercerem funções de topo, os executivos exerceram funções como diretores gerais (9%), diretores financeiros (6%) ou diretores de operações (5%). Áreas em que valerá a pena investir se tem como ambição chegar à liderança de uma empresa.

Mulheres ainda longe do topo
Uma das grandes conclusões deste estudo é a desigualdade entre géneros no acesso à liderança. As conclusões apontam para que apenas 4% das mulheres alcancem cargos de CEO. A Índia dá nesta matéria o exemplo, ostentando a taxa mais alta de mulheres em cargos de liderança empresarial, 8% (maioritariamente à frente de organizações financeiras). O Reino Unido e Austrália também se destacam neste ranking, com uma percentagem de 5% de mulheres CEO cada um. Do outro lado da balança estão o Japão e Hong Kong, países onde todos os líderes são homens.

Opções que contrastam com os benefícios da liderança feminina, comprovados por um estudo recentemente divulgado pelo Credit Suisse Reserach Institute que confirma: “as empresas com maior participação feminina, ao nível dos Conselhos de Administração e gestão de topo, exibem maior retorno, melhores performances e resultados e melhor rácio de paramentos”. O estudo  “The Credit Suisse Gender 3000” foi conduzido em 40 país, focando empresas de todos os sectores de atividade. Stefano Natella, global head of Equity Research da instituição, explica que “em quase todos os países analisados e sectores, a diversidade de géneros ao nível dos cargos de decisão aumentou, passando de 9,6% em 2010 para 12,7% em 2013”. O especialista confirma contudo que “só 4% dos CEOs das empresas analisadas são mulheres”. Um cenário que está em mudança, ainda que para Stefano Natella seja fundamental “acelerar essa mudança”.



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