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Amo-te em 'franchising'

20.02.2004


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Manuel Posser de Andrade

EM AGOSTO de 2001, Pedro Miguel Ramos decidiu abrir um bar tendo como objectivo criar um ambiente nocturno acolhedor para os seus amigos e conhecidos. Este projecto demorou apenas três semanas a pôr de pé e um reduzido investimento de 15 mil euros; mas o negócio foi ganhando uma projecção inesperada e pouco depois seguiu-se a abertura de dois novos restaurantes-bar: "Amo-te Chiado" e "Amo-te Porto".


Com 31 anos, o conhecido apresentador de programas de televisão como o "Big Brother", prepara-se agora para dar uma nova dimensão à sua faceta de empresário de restauração, transformando a marca "Amo-te" num "franchise", prevendo abrir três novos espaços "franchisados" até ao final deste ano.

A Covilhã vai ser a primeira localidade a acolher um "Amo-te" "franchisado": "Existe um grande pólo universitário que atrai muita gente e já temos a parceria assinada", refere Pedro Miguel Ramos.

Até ao final de 2004 está prevista a abertura de mais dois espaços, um no Centro e outro no Sul do país, mas os locais precisos estão dependentes das negociações em curso com vários parceiros.

"Apercebi-me do potencial da marca Amo-te, através do sucesso e notoriedade que o Meco, Chiado e Porto foram conquistando e decidi transformar o negócio num 'franchise', até por não me ser possível explorar directamente mais estabelecimentos dos que tenho agora", comenta Pedro Miguel Ramos.

O modelo de negócio de "franchise" assenta no pagamento de uma licença de 25 mil euros ao "master franchise" para a concessão e uso da marca.

De seguida, "ajudamos o 'franchisado' a escolher uma zona estratégica que vá de encontro do nosso espírito e parametrizamos todo o negócio à semelhança do nosso".

Com efeito, toda a decoração, organização de festas, confecção de menus, formação de recursos humanos, fardas, "dj", promoções e comunicação é centralizada: "a solução é de tipo 'chave na mão' e vamos ter uma equipa criada especialmente para acompanhar o negócio dos vários 'franchisados'. Estes só têm de se preocupar com a exploração do negócio", explica o jovem empresário, que nos tempos de estudante cursou Estilismo Industrial.

Como parceiro para elaborar este modelo, Pedro Miguel Ramos escolheu a Tomus Associados, uma empresa espanhola especializada em transformar negócios em "franchise", tendo sido os responsáveis por mais de 50% do total de "franchises" em Espanha.

"Em Portugal, acredito que haja espaço para cerca de 10 cafés- restaurantes Amo-te", sublinha.

Apesar da progressiva aposta na carreira de empresário em detrimento da televisão e rádio, Pedro Miguel Ramos admite que a visibilidade inicial adquirida pelos seus negócios se devem ao facto de ser uma figura conhecida.

No entanto, refere que nunca teria obtido os mesmos resultados se não tivesse por trás todo um vasto trabalho. "Identifico-me mais com a faceta de empresário do que de apresentador de televisão", salienta.

Inclusive, quando abriu o "Amo-te Chiado", em 2002, seguiu um novo modelo de negócio que conjugava no mesmo espaço bar, restaurante, loja de roupa e ciber-café.

Na altura não havia nada assim: "Entrei no negócio muito por instinto e arrisquei bastante, mas compensou pois revistas como a 'Vanity Fair' e a 'Wallpaper' fizeram reportagens sobre o nosso espaço, referindo-o sempre como único em termos de modelo de negócio".





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