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“Todos somos gestores de pessoas”

“Todos somos gestores de pessoas”

Há dois anos que Américo Baptista lidera a gestão de recursos humanos do grupo hoteleiro de raiz familiar Hotéis Real. Sob o seu olhar atento está uma equipa de 800 profissionais, cuja carreira não deixa ao acaso. Para o diretor o culto do que designa de “autonomia responsável” entre as suas equipas é a principal estratégia para o desenvolvimento do negócio e das carreiras dos seus profissionais.

17.01.2015 | Por Cátia Mateus


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Conseguir que cada uma das chefias que integram as nove unidades do grupo Hotéis Real em Portugal, interiorize a ideia de que “todos somos gestores de pessoas” e possa, a partir dai, tirar o máximo partido das práticas de gestão de pessoas existentes nas várias equipas da empresa, é a grande bandeira de Américo Baptista na liderança de recursos humanos do grupo. Com uma vasta experiência acumulada na gestão de talentos, em distintos sectores de atividade, o diretor de recursos humanos gere uma equipa de cerca de 800 profissionais como se de uma orquestra – onde cada um é peça chave, com uma melodia própria- se tratasse. Ou não fosse ele um amante de música, “de todos os géneros e de todas as proveniências”.

Com um percurso de carreira sólido, Américo Baptista não hesita em afirmar que desenvolver a área de gestão de pessoas no Grupo Hotéis Real é o maior desafio profissional da sua carreira, pela dimensão, complexidade e dispersão geográfica que a função comporta. Nos últimos anos, o negócio da marca hoteleira “tem procurado reforçar-se em áreas críticas que assegurem o desenvolvimento do negócio como o e-commerce, a qualidade, o revenue management, entre outras”, explica do diretor de recursos humanos enfatizando a aposta em atrair os melhores talentos para posições-chave, como diretores de hotel, ainda que no contexto dos Hotéis Real, a maioria deles tenha sido promovida internamente.

Com uma bolsa de talentos permanentemente ativa, Américo Baptista, tem previstas novas contratações para 2015, mas prefere não avançar números. “Existem permanentemente processos de recrutamento em aberto. Sendo certo que há algumas contratações já programadas, serão a taxa de evolução do negócio e a rotação a determinar o número de pessoas que recrutaremos este ano”, explica. Previsivelmente, serão as áreas ligadas às operações (cozinha, sala, serviço de andares) as que mais deverão ser reforçadas, ainda que sejam de prever, segundo o responsável, investimentos também na área do marketing, comercial e revenue management.

“A hotelaria é uma área desafiante e extremamente interessante, porque concilia nas suas várias vertentes perfis muito diversificados”, realça o diretor enfatizando que na sua equipa equilibram-se perfis mais séniores, mais experientes e com menor nível de habilitações académicas, e jovens com formação superior, em início ou maturação de carreira”. Muitos colaboradores trabalham no grupo desde que iniciaram a sua vida profissional. Américo Baptista garante que a diversidade é uma mais-valia e que “o fit cultural” é determinante para abraçar uma carreira na empresa.

Américo Baptista
43 anos
Diretor de Recursos Humanos dos Hotéis Real

Formação:
É licenciado em Sociologia do Trabalho pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas, frequentou os executive masters em Gestão de Recursos Humanos, na Universidade Autónoma de Lisboa e Gestão Hoteleira na  ESHTE

Primeiro emprego:
Técnico de desenvolvimento regional, aos 23 anos, na Câmara Municipal de Palmela.

Percurso:
A sua experiência na autarquia de Palmela foi seguida de uma curta passagem pela área comercial e de atendimento ao público que lhe abriu depois portas à tão ambicionada carreira na área da gestão de pessoas. Integrou a Planet - Cópias & Imagem onde permaneceu até transitar para o Grupo Bertelsmann (Círculo de Leitores), onde exerceu funções durante 14 anos. A sua chegada ao grupo familiar Hotéis Real dá-se em 2012.

Família:
Vive em união de facto e é pai de dois filhos, com 15 e oito anos.

Hóbis:
Pratica ténis e é amante de música.

Principio de gestão:

“Autonomia responsável”. Ter e proporcionar a abertura necessária para a exploração de novas ideias, sempre em linha com a estratégia e objetivos da organização.



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