Nascida em França, Anais Raynaud iniciou a carreira em 2002. Antes de integrar o Grupo BNP Paribas, esteve ligada ao sector do retalho especializado, assumindo responsabilidades em empresas como Carrefour e Walmart. Depois foi para o Grupo BNP Paribas no BNP Paribas Personal Finance México e ficou dez anos naquele país, à frente das equipas de gestão de risco, responsável de controlo de gestão e diretora de operações.
Em 2016, aterra em Portugal para ser diretora de operações, integrar a comissão executiva no BNP Paribas, com mais de 300 colaboradores sob a sua liderança. No decurso de 2021, foi nomeada vice-diretora e, agora, subiu a diretora-executiva do BNP Paribas Personal Finance mais conhecido pela marca comercial Cetelem.
A gestora assume-se como uma “otimista natural”, mas reconhece que tem em mãos “uma missão ambiciosa, pois o desafio da transição (e transformação!) é sempre difícil e exigente, e a responsabilidade pelos nossos clientes e parceiros é grande”, mas acredita que “será uma realidade”. A sua missão é contribuir para o propósito da empresa, “que é a promoção do acesso a um consumo cada vez mais responsável e sustentável”.
Sobre os anos que passou no México, Anais Raynaud garante que foi uma experiência apaixonante: “É um país fantástico e muito dinâmico, mas com códigos culturais e uma cultura de trabalho muito diferentes da Europa”, considera, acrescentando que gostou “imenso da cultura, do desafio, das ligações estabelecidas com as pessoas. Foi um país onde tive oportunidade iniciar a minha carreira no Grupo BNP Paribas e o início de uma aventura incrível”.
Em relação às diferenças do mercado bancário e de crédito ao consumo nos países latino-americanos e nos países do Sul da Europa, indica tratar-se de “uma realidade muito diferente da portuguesa e da existente nos restantes países do Sul da Europa”. As grandes diferenças devem-se, sobretudo, “ao contexto macroeconómico dos países e níveis de bancarização, às diferenças na regulamentação e também aos estilos de consumo, que, no caso da América Latina, acabam por ser mais influenciados pelos EUA do que pela Europa”.
Anais Raynaud não hesita em apontar a pandemia de covid-19 como o maior desafio profissional que já enfrentou. “A responsabilidade de, em apenas umas semanas, colocar todos os nossos colaboradores em segurança, acautelando ao mesmo tempo os melhores níveis de serviço e de apoio aos nossos clientes e parceiros, foi um momento que acredito ser irrepetível.”
FORMAÇÃO
Licenciada em Direito pela Université Panthéon-Assas Paris II, com mestrado em Business Administration pela École de Management, em Lyon
LEMA
“Carpe diem”
MISSÃO DE CARREIRA
“Conseguir que as pessoas da grande equipa que lidero se sintam entusiasmadas e valorizadas e criar condições para que cada um possa dar o seu melhor todos os dias, para coletivamente atingirmos os objetivos a que nos propusemos”
PERCURSO
Iniciou a carreira profissional, em 2002, no retalho especializado, em empresas como o Carrefour e a Walmart, no México. Quatro anos depois integra o BNP Paribas Personal Finance México, país onde esteve dez anos e que lhe permitiu ter “uma experiência bastante diversificada”. Veio para Portugal para integrar a Comissão Executiva, assumindo a Direção de Operações do Cetelem e, entretanto, chegou a CEO da instituição financeira.
HOBBIES
“Passar tempo com a minha família e aproveito muitos destes momentos para praticar desporto. Adoro viajar e descobrir o que Portugal tem de melhor”
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Ana Sofia Santos