Saber comunicar
Você não consegue captar e
manter a atenção dos outros dentro da sua empresa?
Acha que existe alguma falha de comunicação?
Acha que o erro é seu?
Então, corrija-se e actue enquanto é tempo.
Siga alguns dos nossos conselhos:
Lembre-se que a comunicação começa
em si, mas é processada na mente de outra pessoa.
Portanto, o que importa não é apenas
o que você diz, mas o que a outra pessoa entende do que foi dito.
Tecnicamente, você é um emissor que passa a sua ideia por
símbolos (palavras, imagens e gestos) a outra pessoa. Esta, o receptor
da mensagem, descodifica-a (lê ou ouve o que foi dito) e interpreta-a,
chegando à sua compreensão. Tudo muito simples, na teoria.
Na prática, porém, a situação pode complicar-se
muito, a menos que esteja consciente desta regra.
Defina o objectivo da comunicação.
Pergunte-se qual o resultado que pretende atingir com
a comunicação (gerir um conflito, receber uma instrução,
fechar um negócio ou vender uma ideia). Pode parecer estranho,
mas grande parte das comunicações feitas nas empresas são
ambíguas, dando margem a muitas interpretações por
parte de quem as recebe. É como preparar uma encomenda e não
dizer para onde ela deve ser enviada.
Antes de comunicar, clarifique as suas próprias ideias.
Definido "o que" você quer, a próxima
etapa é "como" transmiti-lo. Deve fazer a si próprio
algumas perguntas. Está claro para mim o que pretendo comunicar?
Como o farei? Quem são as pessoas envolvidas? Esta comunicação
é mesmo necessária? Se eu não a fizer, quais serão
as consequências? Nem sempre precisará de fazer todas estas
perguntas, mas não se lance num diálogo importante sem que
as respostas estejam bem claras na sua cabeça.
Seja
objectivo, claro e conciso.
Nada é mais irritante e enfadonho do que o interlocutor
perder-se em devaneios, ser impreciso e ambíguo quanto a detalhes ou então
desviar-se constantemente do objectivo da conversa. O assunto não flui,
enquanto o desconforto e a ansiedade crescem. Os segredos duma boa conversa
são a objectividade (seja directo), a clareza (não misture assuntos) e
seja conciso (não diga em 50 palavras o que se diz em 10).
Respeite os outros.
Já conversou com alguém que é
constantemente interrompido por pessoas que entram na sala, por telefonemas,
ou que pede licença para tratar dum assunto urgente? Gostou da
experiência? Já tentou apurar se não faz o mesmo aos
outros? Durante uma conversa, evite todo o tipo de interrupções
que possam demonstrar falta de interesse da sua parte. Fuja dos termos
técnicos e gírias que possam dificultar o entendimento.
Sobretudo, não se irrite nem se mostre excitado se o interlocutor
manifestar uma opinião diferente da sua. Tranquilidade, diálogo
e boa vontade mútua dissolvem qualquer desentendimento.
Coloque-se
no lugar da outra pessoa.
Utilize o universo linguístico familiar ao interlocutor
e considere também o nível intelectual de quem está
à sua frente. Uma linguagem elaborada pode causar excelente impressão
num almoço de negócios, mas não funcionar com a recepcionista
ou com o paquete. Ponha-se no lugar da outra pessoa e pergunte-se se o
que você está a dizer faz algum sentido para ela. É
tão importante compreender como ser compreendido.
Faça perguntas.
Ao colocar perguntas oportunas pode facilitar o diálogo
e fazer fluir a conversa, desde que não a transforme num interrogatório
policial. As perguntas esclarecem pontos obscuros; auxiliam pessoas tímidas
a responderem a questões e a desenvolverem o seu raciocínio;
fazem as pessoas pouco objectivas voltarem ao assunto e sentirem-se importantes,
dando-lhes confiança para falarem melhor. Mas, sobretudo, fazer
perguntas demonstra que você leva a sério a obtenção
de informações, além de o auxiliarem a marcar o ritmo
do diálogo. Faça perguntas e seja um ouvinte atento.
Se você conseguir estabelecer uma boa comunicação
dentro da empresa, mais facilmente conseguirá captar e manter a
atenção dos outros.
Lembre-se que para conseguir demonstrar as suas capacidades técnicas
tem primeiro que conseguir cativar a atenção dos seus superiores.
VD