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Talent Search prossegue expansão

09.03.2007


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Maribela Freitas
Após a expansão para Espanha, a empresa de «executive search» Talent Search prepara-se para avançar este ano para o mercado angolano. Em entrevista ao Expresso, José Caetano da Silva, «managing partner» desta empresa, fala das possibilidades de trabalho que se abrem aos portugueses no país vizinho e em terras africanas e do mercado de «executive search».

Criada em 2000, a Talent Search trabalha em «executive search» e especializou-se no recrutamento de quadros directivos e intermédios. “Desde o início que quisemos que esta empresa tivesse uma raiz ibérica”, explica José Caetano da Silva. A expansão para Espanha deu-se em 2003 e a Talent Search trabalha aí especialmente com empresas de cariz ibérico, ou seja, com negócios em Portugal e Espanha. Quanto ao mercado de trabalho espanhol, o «managing partner» da empresa considera que existem boas hipóteses para os portugueses. “As oportunidades de trabalho em Espanha são muito grandes. Já existe aí uma grande colónia de quadros portugueses e é notório que estão lá porque não couberam em Portugal”, refere José Caetano da Silva.

Mas de que forma podem os quadros nacionais agarrar essas oportunidades? O conselho deste especialista é para que tentem subir nas organizações para Espanha. “Hoje é importante que as pessoas estejam em empresas que tenham enquadramentos internacionais para terem oportunidade de se movimentarem para outro país”, comenta.

Apesar do cenário traçado, José Caetano da Silva afirma que é difícil as empresas espanholas pedirem-lhe quadros portugueses, mas que o oposto é recorrente. Isto porque “abunda mais o talento em Espanha do que em Portugal, há mais licenciados e estes são mais ‘musculados', uma vez que neste país há mais empresas, estas são maiores e os quadros tiveram que lidar com um nível de complexidade e desafios também maiores”.

Já em Angola, José Caetano da Silva aponta um cenário completamente diferente. “Faltam quadros superiores e uma economia que está a crescer ao ritmo de Angola, não tem capacidade física de se auto-alimentar de quadros e portanto, mais cedo ou mais tarde, terá de abrir as fronteiras a quadros externos”, conta o «managing partner» da Talent Search.

É exactamente por isso que esta empresa portuguesa vai abrir uma delegação neste país africano. José Caetano da Silva explica que “queremos estar neste negócio de ajudar as empresas a importar quadros e é bom que essa importação se faça em Portugal”. As perspectivas de trabalho que se abrem são ao nível da indústria, comércio, serviços e agricultura e para este especialista existe abertura por parte dos portugueses para a emigração.

Em Angola a Talent Search quer trabalhar com empresas locais e portuguesas com negócios lá. Quanto ao mercado de «executive search», José Caetano da Silva refere que “em Portugal e nos mercados em que estamos é muito difícil que o anúncio funcione. É melhor para os nossos clientes procurarmos entre quem está satisfeito do que quem responde a anúncios”.





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