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O negócio deles é dar voz à sociedade

O negócio deles é dar voz à sociedade

A música de John Lennon “Power to People” (dar o poder às pessoas), serviu de inspiração a um projeto nacional que tem estado a chamar a atenção dos principais “detetores de inovação” mundiais. Qual é o seu trunfo? Utilizar a tecnologia para fazer com que a voz das pessoas conte e influencie a ação dos decisores.?

06.02.2016 | Por Cátia Mateus


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Simples de utilizar e capaz de cativar audiências, a app desenvolvida por Tarcísio Pontes, João Valentim e Rodrigo Silva, viabiliza a recolhe opinião pública em tempo real. Recorrendo às redes sociais, a PaxVoice, acrescenta aos modelos tradicionalmente usados para recolha de opinião pública uma série de argumentos diferenciadores, já que organiza e quantifica objetivamente o debate e as opiniões em discussão.

A ideia dos três empreendedores portugueses teve um longo processo de maturação e “muitas maquetes de projeto”, relembram os mentores. Ainda na fase embrionária do projeto - nascido a partir da reflexão de três amigos que identificaram lacunas na oferta disponível no mercado nesta área - o seu potencial foi reconhecido e a app disputou a final da competição The Big App Fund, em Londres, destacando-se como uma das 50 melhores futuras apps da Europa, mas foi alavancada pela plataforma Lusídeias, o acelerador de projetos digitais da tecnológica Compta que suportou todo o investimento inicial necessário, que a app entrou este ano no mercado.

Desde janeiro que a app PaxVoice está disponível para iOS, Android e web. A autenticação na aplicação é feita a partir do Facebook e ao utilizador é permitido criar um Voice (opinião) ou participar de forma confidencial nos “voices” dos outros utilizadores. A partir destas interações, a app disponibiliza diversas estatísticas de opinião que ficam disponíveis em tempo real para qualquer utilizador, de forma gratuita. O sistema permite ainda integrar outras contas nas redes sociais (como o Twitter) e criar automaticamente “voices” a partir de um tweet, desde que este contenha a hastag #paxvoice.

Com uma equipa que envolve oito elementos, os mentores da PaxVoice estão de olhos postos na internacionalização do projeto. “Temos um plano de crescimento e internacionalização que queremos concretizar em três anos”, explica Tarcísio Pontes. A diversificação da atividade é também uma meta. João Valentim e Rodrigo Silva admitem que a equipa quer “acrescentar muitas mais funcionalidades à aplicação”. Atualmente a plataforma é, segundo a equipa, aquela que “mais objetivamente quantifica uma opinião” e, em breve, “acrescentaremos formas de a avaliar qualitativamente também”, avançam.

Para viabilizar este crescimento, a equipa tem previstas contratações, sobretudo, na área comercial, gestão de canais digitais e desenvolvimento aplicacional. A app serve não apenas individuos, “mas também empresas ou entidades quee em tempo real necessitem de uma ferramenta simples, descomplicada e financeiramente acessível para encontrarem respostas a questões que residem na opinião pública”, explicam os mentores. Dar voz às pessoas continuará a ser a missão desta equipa, seja qual for o seu plano de expansão.

BI EMPRESARIAL
Tarcísio Pontes, 40 anos, mestre em Corporate Communication
João Valentim, 40 anos, especialista em Tecnologias de Informação
Rodrigo Silva, 35 anos, webdesigner

Área de atividade:
A app PaxVoice - powered by Compta/Lusídeias, viabiliza a recolha de opinião pública em tempo real, com recurso às redes sociais.

Data de criação:
Janeiro de 2016.

Público-alvo:
“É literalmente a opinião pública. Todos. Em termos de clientes alvo são indivíduos, mas também empresas ou entidades que em tempo real necessitem de uma ferramenta simples, descomplicada e financeiramente acessível para encontrar respostas a questões que residem na opinião pública”, explicam os empreendedores.

Dimensão da equipa:
A equipa PaxVoice integra atualmente oito elementos e tem previsões de crescimento a médio prazo.



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