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Fábrica de ideias

Fábrica de ideias

A decisão de realizar um MBA encontra várias motivações entre os profissionais. Há quem procure alavancar a carreira e subir alguns degraus na escada da progressão e há quem procure munir-se das ferramentas certas para dar forma ao seu próprio projeto empresarial. O Executive MBA da AESE Business School congrega ambas as ambições, mas para carimbar o passaporte de entrada neste curso, ser empreendedor é requisito-chave.

31.07.2015 | Por Cátia Mateus


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Nos últimos anos, o MBA já alavancou mais de duas dezenas de projetos empresariais de alunos. Este ano, há mais nove prontos a entrar no mercado. “O Executive MBA da AESE destina-se a profissionais licenciados com mais de cinco anos de experiência e forte perfil empreendedor”, explica Francisco Carvalho, responsável pela NAVES (Novas Aventuras Empresariais), a unidade do MBA responsável por trabalhar com os alunos o desenvolvimento da sua veia empreendedora e dos seus projetos de negócio. Com um perfil de alunos maioritariamente concentrado na faixa etária dos 37 anos e uma média de 12 anos de experiência profissional em áreas como a gestão, engenharia ou ciências sociais que procuram no curso ferramentas de desenvolvimento pessoal ou profissional, o responsável realça o crescente interesse dos alunos pela cadeira de Novas Aventuras Empresariais que integra o currículo do curso. “Temos casos de alunos que entram no Executive MBA com a ideia original de crescer nas suas carreiras profissionais por conta de outrem, e serem intra-empreendedores, e outros que no final optam por lançar os seus projetos empresariais”, enfatiza. 

Os 38 mentores dos nove projetos empresariais que este ano saíram da 13ª edição do Executive MBA da AESE, são disso um exemplo. Do turismo à tecnologia e a várias outras áreas de atuação, os projetos deste ano (ver caixa) seguem uma tendência que segundo Francisco Carvalho, há muito vem ganhando força na AESE e que posiciona o MBA como uma fábrica de novas ideias empresariais. “Daqueles que temos conhecimento direto, nos últimos anos tivemos perto de duas dezenas de projetos que foram lançados e que continuam o seu processo de desenvolvimento e maturidade nos respetivos sectores”, explica realçando que “projetos financiados pelo NAVES SCR (a sociedade de capital de risco patrocinada pela AESE) e que tenham sido promovidos pelos Alumni no Executive MBA, temos neste momento cerca de cinco projetos, ou seja 50% da carteira de investimento atual”. Segundo o responsável, existirão outros projetos que foram lançados por Alumni anos após a sua passagem pela escola e que são acompanhados pela AESE de forma indireta.

Saúde, energias renováveis, plataformas de inovação na Internet, serviços de impressão #D ou moda e têxtil, são os sectores de maior aposta por parte dos alunos. Da edição do ano passado, alguns dos projetos estão já na fase de testes de mercado, “fundamentais para avaliar a potencial tração dos projetos ao mercado”, mas nenhum deles está já efetivamente em comercialização do respetivo produto ou serviço. O mesmo não sucede com os projetos de anos anteriores, onde a taxa de implantação no mercado é já expressiva. “Contamos já com vários negócios de Alumni em pleno desenvolvimento, como a Human Talent (outsourcing e outplacement), a Hopecare (saúde), a Inocrowd (inovação aberta) e muitos outros”, elecna.

Na edição deste ano, os nove projetos apresentados estão ainda numa fase embrionária do seu desenvolvimento. À semelhança do que sucedeu em anos anteriores, “uma vez defendidos os planos de negócio, os projetos serão avaliados e submetidos ao interesse dos investidores, disponíveis para alavancar as ideias e colaborar na sua concretização”, explica acrescentando que “caberá aos mentores assumirem a vontade de tornar os seus trabalhos realidade”. Um percurso que a AESE e a NAVES estão prontas a apoiar. “Ao longo do programa os alunos recebem todos os conteúdos e conhecimentos necessários à realização de um plano de negócio estruturado. No entanto, é preciso que os alunos tenham o perfil empreendedor e uma aptidão de enfrentar o risco bastante grande já que, frequentemente, o custo de oportunidade é alto e a decisão nem sempre é fácil”, explica adiantando que a cadeira de NAVES, lecionada num formato de coaching pedagógico, ajuda neste percurso. Em paralelo, “a NAVE Sociedade de Capital de Risco também apoia e estimula a realização destes projetos, pois é esse o seu posicionamento e a sua génese desde 2007”, destaca Francisco Carvalho.

Nascidos do MBA

BCorID

Promotores:
Alexandre Silva
Filipe Costinha
Rui França Gouveia
Tiago Pousinho

A BCorID foca a sua atuação na comercialização de uma solução de reconhecimento pessoal biométrico, a partir de sinais cardioeléctricos, e baseada numa tecnologia inovadora. O foco do projeto será a validação e a exploração de soluções tecnológicas de reconhecimento pessoal, valorizadas pelo sector do aluguer de transporte ligeiro de passageiros com conductor, em articulação com os stakeholders relevantes: fornecedores, condutores, proprietários de viaturas, associações, clientes de Táxi e profissionais do sector. ??

drone2You ?

Promotores:
Filipe Barreira
Luís Capão
Tânia Saraiva
Tiago Félix

A drone2You tem como missão “mudar o paradigma da gestão florestal, apostando na recolha e análise de dados captados por drone, e na criação de algoritmos de processamento inovadores, que têm como fim substituir, de forma mais precisa e com valor acrescentado, os processos atualmente executados de forma tradicional”. Os serviços a prestar pela empresa passam pela análise do estado fitossanitário, das carências nutritivas e o inventário florestal, informação esta relevante como suporte à decisão e ao aumento de produtividade florestal. Segundo a equipa de promotores, “a drone2You diferencia-se da oferta existente através pelo seu maior foco no serviço ao cliente e não na tecnologia em si, na qualidade da informação prestada face aos serviços atuais e na aposta no desenvolvimento de uma plataforma de gestão do conhecimento, que permite a disponibilização da análise de resultados personalizada aos clientes”.

PostMyWorld?

Promotores:
Bruno Gameiro
Eduardo Matos
Gonçalo Lage
Ricardo Esteves
Susana Justo

O PostMyWorld quer dar vida aos postais. O projeto tem como objetivo tornar mais rápida e cómoda a partilha de momentos e emoções especiais, hoje registados em fotografias ou mensagens personalizadas, enviadas através das redes sociais ou aplicações online. “Através da prestação de um serviço digital inovador de envio de postais personalizados pelo correio e utilizando uma aplicação/website a partir de um smartphone ou computador, vamos ligar o intangível da comunicação online com o tangível das recordações, sob a forma do icónico e eterno postal”, explicam os promotores acrescentando que “a comunicação online permite a partilha em tempo real, mas não perpetua no tempo os momentos e emoções especiais. Falta criar um laço emocional mais forte e esse laço emocional é criado quando se passa do intangível para o tangível”. Do vitual para o papel.

BEST EXPERIENCE – Lisbon (BEL)?

Promotores:
Ana Maria Nunes
Marco Santos
Nuno Fialho
Rui Pereira???

“O objectivo do projeto BEST EXPERIENCE – Lisbon (BEL) é a criação de uma empresa de serviços na área do turismo, direcionada para o desenho, organização e gestão de circuitos turísticos (touring) culturais, enológicos, gastronómicos e desportivos”. Segundo os mentores do projeto, a proposta de valor materializada na BEST EXPERIENCE reside na sua capacidade de proporcionar uma experiência direcionada para o perfis de cliente identificados, optimizando o matching entre as preferências e expectativas manifestadas pelos clientes e o que de melhor a cidade de Lisboa tem para oferecer”. ?

MyStudy?

Promotores:
Hugo Azevedo
João Gonçalves
Leal Vasco
Samuel Faria

A MyStudy tem como finalidade a criação, desenvolvimento e comercialização de uma aplicação com o mesmo nome que visa direcionar e otimizar o esforço de estudo dos alunos, de forma customizada às suas necessidades, aferindo o seu nível de conhecimentos. O projeto pretende responder às necessidades cada vez mais atuais originadas pela grande em torno do sucesso escolar dos alunos, potenciando a entrada nos cursos desejados e nas universidades pretendidas. “Ao criar melhores alunos, a aplicação atuará também, de forma indireta, como elemento catalisador do processo de melhoria da performance dos professores e das escolas nos rankings nacionais”, explica a equipa.

Docks’Inn?

Promotores:
Frederico Arruda Moreira
Miguel Carrasqueira Baptista
Pedro Guedes da Silva
Pedro Morais Barbosa

“Os Docks’Inn são hostels que têm como missão promover uma experiência inesquecível de contacto com o universo marítimo, dirigidos a clientes que procuram formas diferentes e integradas de relação com o mar, através de alojamentos localizados no interior das docas bem como de atividades focadas no mar”. A ideia dos quarto mentores é criar alojamentos capazes de se diferenciar pela sua localização, mas também pelo ambiente que proporciona aos hóspedes.

Your stay apartments?

Promotores:
Raquel Faria Sampaio
David Esteves
Manuel Jorge Andrade
Luís Pinto Leite. ???

A equipa da Your stay apartments quer prestar serviços na área de alojamento local na região de Lisboa, mais especificamente na zona do Chiado. “O turismo em alojamento local encontra-se em franca expansão. Nos últimos oito anos, o número de hóspedes recebidos em Portugal aumentou consideravelmente, muito em virtude da oferta de voos low-cost para território nacional”, explicam os mentores do projeto citando um estudo da consultora Roland Berger que estima que em 2015, Lisboa chegue a receber 3 milhões de hóspedes estrangeiros (sensivelmente o dobro dos nacionais), registando-se cerca de 7 milhões de dormidas. O projeto que criaram visa tirar partido das condições de excelência do Mercado nacional na área do turismo, alicerçado em vantagens competitivas sustentáveis.

Roof Top Lounge

Promotores:
Luís Arrais
Luís Ribeiro Gomes
Patrícia Giod de Castro
Rafael de Souza-Falcão

?“A RTL, Lda. será a entidade exploradora de um Rooftop em Lisboa, denominado RoofTop Lounge, na Praça Luís I, Cais do Sodré”. O projeto apresentado pela equipa oferece serviços de bar e restauração, num terraço aberto no topo de um edifício com a melhor vista da cidade e facilmente acessível. ?”Lisboa tem-se afirmado como uma grande potência no turismo mundial, figurando em inúmeros rankings internacionais de cidades a visitar e registando um aumento em quantidade e sobretudo na qualidade da oferta (podendo ser medida, por exemplo, na satisfação do cliente)”, explicam para sustentar a inspiração que conduziu à proposta de negócio que criaram.

Olive 2 Brand?

Promotores:
Cristina Varela
Gonçalo Canário
Nuno Cardoso Rodrigues
Nuno Farrim Miguel
Paulo Lopes Marcelo

Este plano de negócios quer “permitir que o cliente venda um azeite premium com a marca do seu restaurant ou hotel em co-branding, associado a uma experiência gastronómica de excelência”. Os mentores do projeto Olive 2 Brand garantem que o modelo de negócio proposto permitirá ao cliente aumentar a oferta e ganhar margem na venda ao seu cliente final (B2C), ao mesmo tempo que “valorizará a marca do cliente que, tendo prestígio no seu segmento, se associa à marca de um azeite premiado e de elevada qualidade”. De resto, a equipa tem já projetos a médio prazo: criar azeite exclusivo e adaptado às necessidades de cada cliente (blend à medida), em função do tipo de comida e valores de marca do cliente ou chef.???



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