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Engenheiros fiéis à economia lusa

Engenheiros fiéis à economia lusa

Os engenheiros civis estão entre o grupo de profissionais portugueses que mais sofreram com o abrandamento da económia e, consequentemente com a subida do desemprego. Ainda assim, uma análise conduzida pela Ordem dos Engenheiros - Região Norte (OERN) junto de 100 engenheiros civis, revela que 63% querem continuar a trabalhar em Portugal.

20.03.2015 | Por Cátia Mateus


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A emigração e a consolidação de uma carreira internacional não faz parte dos objetivos da maioria dos engenheiros civil portugueses (63%), à luz do que é a convicção da amostra de 100 profissionais, entre os 30 e os 55 anos e a trabalhar em Portugal, inquiridos pela Ordem dos Engenheiros - Região Norte (OERN), no âmbito do “1º Barómetro de Engenharia” agora divulgado. ?

Perante o aumento do desemprego no sector e à diminuição da procura dos cursos de engenharia civil registada nos últimos concursos nacionais de acesso ao ensino superior - que registou em 2014 os priores índices de sempre com dois terços das vagas disponíveis no ensino superior a permanecerem sem candidatos -, a OERN tentou medir o grau de satisfação dos engenheiros civis em relação à formação recebida e ao exercício da profissão em Portugal.

No estudo realizado a Ordem concluiu que a maioria dos inquiridos dá nota negativa à atual situação da engenharia civil, com 76% dos profissionais a classificar como má ou suficiente o estado do exercício da profissão em Portugal. Na verdade, segundo os dados do barómetro apenas uma percentagem residual dos engenheiros civis inquiridos (5%), detaca uma visão otimista sobre o estado do sector em Portugal, classificando-a de “excelente”. 

Salários desmotivadores
Em matéria de insatisfação profissional, não é apenas o estado do mercado que desmotiva os engenheiros civis portugueses. Os salários particados no sector também merecem nota negativa. Só 40% dos 100 profissionais ouvidos pela OERN dão nota positiva ao salário que recebem. A este respeito, o relatório da Ordem faz saber que “dos 100 engenheiros inquiridos, 75 por cento recebe um salário mensal bruto entre os mil e os três mil euros” e que “apenas 17% recebem menos de mil euros brutos por mês”.?Apesar deste cenário, a emigração não faz parte dos planos de 63% do painel de engenheiros civis portugueses inquiridos no âmbito do barómetro.

“Quando questionados sobre a possibilidade de saída do país, nos últimos três anos, apenas 37% respondeu afirmativamente, enquanto os restantes 63% querem continuar a trabalhar em Portugal”, explica Fernando de Almeida Santos, presidente da OERN, adiantando que “a emigração é uma realidade assumida, sobretudo, pelos engenheiros mais jovens. Entre os que responderam sim, 86% está na faixa etária dos 30 anos”.?Segundo o líder da OERN, as conclusões da primeira edição do barómetro agora apresentado “apontam para uma insatisfação que era expectável”.

O presidente relembra que o foco do estudo foi uma das áreas da engenharia que mais tem sofrido com a retração económica e, consequenetemente, a diminuição do investimento público ao nível da construção”. Porém, o responsável acredita que “com o Plano Estratégico dos Transportes e Infra-estruturas, já anunciado pelo Governo, e o Quadro Comunitário 2014-2020, a construção vai certamente voltar a atingir valores de produção normais”,



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