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Como contratam os inovadores

Como contratam os inovadores

O The Boston Consulting Group já divulgou o seu habitual ranking das empresas mais inovadoras do mundo. Na lista das top innovation firms em 2014, as tecnológicas e as telecomunicações continuam a dominar. Entre os 30 lugares cimeiros há multinacionais com presença em Portugal que estão a contratar, mas alcançar um lugar nestas equipas exige estratégia.

07.11.2014 | Por Cátia Mateus


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É nas empresas tecnológicas que continua a residir o maior potencial e investimento em inovação. É também esta uma das áreas mais dinâmicas em matéria de contratação a nível global. No último ranking anual do The Boston Consulting Group (BCG) que elenca as 50 empresas mais inovadoras do mundo, os cinco primeiros lugares são ocupados por tecnológicas. Apple, Google, Samsung, Microsoft e IBM mantêm a liderança numa lista que torna claro que para inovar é preciso alimentar constantemente as equipas com novos talentos, ideias disruptivas e capacidade para as implantar no terreno.

Trabalhar numa empresa inovadora aporta desafios para os candidatos, desde já porque obriga a estar sempre um passo à frente das tendências do mercado e das aspirações do cliente final. O grau de exigência ao nível das competências técnicas e comportamentais, a permanente necessidade de atualização de conhecimentos e a imensa concorrência, transforma o sonho de trabalhar numa empresa de topo em matéria de inovação, num processo exigente que nem todos superam com sucesso. Há portugueses a trabalhar na generalidade das empresas cotadas neste ranking, mas para a maioria deles, carimbar o passaporte de entrada em qualquer uma destas equipas foi tudo menos um processo simples.

“Empresas inovadoras querem atrair perfis inovadores e sabem como fazê-lo”. É desta forma que o especialista de recrutamento e seleção John Sullivan resume a estratégia da maioria das empresas presente no ranking da BCG no momento de contratar. O especialista tem ajudado inúmeras empresas de Silicon Valley a atrair e reter perfis inovadores e não tem dúvida que para gigantes como a Apple, a Google, a Microsoft ou o Facebook, atrair talento é um processo cirúrgico. “Antes de iniciar um recrutamento, qualquer uma destas empresas tem previamente identificado uma lista de inovadores que gostaria de atrair para a sua equipa”, explica. Em mercados muito concorrenciais como o tecnológico e onde a mudança é permanente, os profissionais aceitam desafios não movidos pelo salário, mas sobretudo pelo desafio que como a função comporta.

Carlos Sezões, partner da empresa de executive search Stanton Chase confirma-o referindo que “há uma nova geração de profissionais, com um novo mind set, que prioriza o ser e não o ter”. Uma geração móvel, competitiva a nível global, que representa um desafio de contratação e retenção para as empresas. Manter quadros inovadores, sobretudo em funções de liderança, exige da parte das organizações a capacidade de lhes proporcionar desafios constantes e evolução permanente. É o que segundo John Sullivan faz qualquer uma destas empresas.

Na lista de 2014, agora apresentada pelo BCG, as tecnológicas ocupam 21 lugares na lista final das 50 mais inovadoras enquanto as empresas de bens de consumo ocupam apenas dez posições. A Apple é líder desde 2005 e uma das firmas mais apetecíveis para trabalhar. A boa notícia para Portugal é que a multinacional anunciou recentemente a abertura de vagas para profissionais com domínio exemplar, ou mesmo nativo do português. O cenário repete-se empresas como a Google, a Microsoft, a Samsung, a Cisco, a Siemens e muitas outras que estando presentes neste índice mantêm ligação a Portugal ou têm mesmo subsidiárias em solo nacional, listando várias oportunidades de emprego disponíveis nos seus centros globais de carreira.

Para Carlos Barradas, senior partner e managing diretor da BCG Portugal, “mais de metade das empresas que se apresentam na vanguarda da inovação referem ter gerado mais de 30% das suas vendas devido a inovações disruptivas nos últimos três anos. O dobro do valor médio apresentado pelas restantes empresas”. O líder reforça que para serem competitivas a este nível, à escala global, estas organizações apresentam três características essenciais: recorrem a fontes internas e externas de conhecimentos; colocam enfoque no lançamento de produtos que os consumidores precisam e não investem em tecnologia em vão e encaram o fracasso como uma oportunidade para melhorar a sua performance”. Mas tanto ou mais do que isto, o seu trunfo é a forma como recrutam. Uma aposta no talento e na competência globais, essenciais para fazer acontecer.

Top 30 dos mais inovadores
1º Apple
2º Google
3º Samsung
4º Microsoft
5º IBM
6º Amazon
7º Tesla Motors
8º Toyota Motor
9º Facebook
10º Sony
11º Hewlett-Packard
12º General Electric
13º Intel
14º Cisco Systems
15º Siemens
16º Coca-Cola
17º LG Electronics
18º BMW
19º Ford Motor
20º Dell
21º Volkswagen 3M
22º 3M
23º Lenovo Group
24º Nike
25º Daimler
26º General Motors
27º Shell
28º Audi
29º Philips
30º SoftBank



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