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Como a Affinity está a identificar os líderes do futuros

Como a Affinity está a identificar os líderes do futuros

Soma quatro anos no mercado e em 2015 faturou €4,5 milhões. O crescimento contínuo da Affinity, a empresa de consultoria, desenvolvimento de software mobile e outsourcing é, naturalmente, o grande foco de Carlos Correia, diretor-geral. Mas em entrevista ao Expresso, o gestor fala de uma missão tão ou mais relevante do que fazer crescer o negócio: “desenvolver internamente líderes fortes e alinhados com a cultura e os valores da empresa”. Esta é a forma como o está a fazer.

10.09.2016 | Por Cátia Mateus


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Nos últimos quatro anos a Affinity passou de uma startup focada em serviços de consultoria, outsourcing e desenvolvimento de software mobile, para uma empresa de média dimensão que emprega 160 colaboradores, distribuídos por Lisboa e Porto, colaborando em projetos internacionais em mais de dez geografias distintas. Recruta perfis altamente qualificados, a uma média de 85 novas contratações anuais, e até aqui a sua prioridade de recrutamento assentava na solidez da qualificação e na experiência dos profissionais. Este ano, a empresa liderada por Carlos Correia anunciou uma nova aposta na estratégia interna de captação e desenvolvimento de talento, a criação da Affinity Academy, uma academia de gestão criada para incubar talentos e formar os futuros líderes da organização.

“A minha principal missão na empresa, face ao crescimento acentuado que temos registado nos últimos anos, e que defino como a minha principal missão internamente, passa pelo desenvolvimento de líderes fortes e alinhados com a cultura e os valores da organização”, explica o diretor-geral que realça que “é importante nunca esquecermos os pilares fundamentais de uma grande empresa: boas práticas de gestão implementadas de forma consistente, criatividade e rigor”. E é este o modelo de gestão que inspira Carlos Correia que defende que as empresas, de um modo geral, têm de acompanhar o processo de conversão para o mundo digital, sem que isso signifique que deixem de ser “empresas de pessoas, para pessoas”. Esse é o grande desafio da Affinity e da sua política de gestão de talento.

Incubar talento
Numa altura em que Carlos Correia coloca em cima da mesa a possibilidade da área de desenvolvimento de software de gestão e de Recursos Humanos poder vir a dar origem, no longo prazo, a uma nova unidade de negócio da empresa ou até uma empresa especializada, a formação de futuros líderes é uma das grandes apostas da firma. “A empresa vai ser cada vez mais atrativa para alunos finalistas que apostem em modelos de empresas tecnológicas diferentes para as suas primeiras experiências profissionais”, explica. A Affinity Academy é uma parte fundamental da estratégia de captação de jovens talentos.

O objetivo de Carlos Correia é que esta academia interna de gestão aconteça anualmente e possa apoiar a empresa no seu processo de identificação de talento, em Lisboa e no Porto. A edição deste ano, que se encontra já a decorrer, tem dez vagas disponíveis para candidatos “empreendedores e ambiciosos, que gostem de trabalhar num meio competitivo, numa área em que o fator humano é o elemento essencial, em todo o processo de negócio”, explica o diretor-geral. Segundo Carlos Correia, “o objetivo da Affinity Academy é ser uma incubadora de talentos para reforço das equipas de gestão, após um período intensivo de formação e treino em contexto de sala”. Após o processo de seleção dos candidatos, a formação teórica e prática ministrada na academia terá uma duração de dois meses, em que cada aluno será acompanhado por um mentor, que culmina com a integração dos melhores candidatos nas equipas de gestão da empresa.

Numa altura em que as tecnológicas nacionais enfrentam dificuldades de contratação na área tecnológica, a Affinity tem a missão de preencher 40 vagas que tem agora disponíveis nas áreas de consultoria tecnológica, que abrangem a programação Microsoft, Java e C/C++, posições funcionais, analistas de negócio, desenvolvimento mobile e outras. Para Carlos Correia, as empresas podem definir internamente as suas políticas de desenvolvimento de talento, mas para ultrapassar as dificuldades de contratação que o sector enfrenta e a falta de talento qualificado na área tecnológica é fundamental que se desenvolvam políticas capazes de atrair os jovens para a formação nesta área. “Há falta de estímulo em Portugal para os mais jovens apostarem nesta área de ensino. Deveria haver mais informação sobre a escassez de recursos nesta área, logo nos 2º e 3º ciclos”, defende o diretor-geral.



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