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Benefícios salariais sobem em 2011

Benefícios salariais sobem em 2011

A consultora Mercer divulgou os resultados do seu inquérito às intenções de compensação salarial para 2011 e concluiu que em média o próximo ano trará incrementos estimados de 1,67%.
09.09.2010 | Por Cátia Mateus


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A conjuntura económica teima em manter-se adversa, mas apesar do panorama sombrio as perspetivas para 2011 apontam para um incremento salarial médio na ordem dos 1,67 e 2,01%. As estimativas são avançadas pela consultora Mercer, no seu estudo Total Compensation Portugal 2010 . Segundo a consultora os diretores gerais e administradores terão menores aumentos salariais e a empresa tem ainda boas notícias aos que temem pelo desemprego: o número de empresas que encara a possibilidade de uma redução dos quadros de pessoal para o próximo ano diminuiu face a 2010. Apenas 7% das organizações prevê despedimentos em 2010, contra os 14% perspetivados no mesmo relatório para o presente ano. 35% das empresas inquiridas fala mesmo em novas contratações.

Os benefícios salariais são vistos, cada vez mais, pelas empresas como uma componente diferenciadora do pacote de compensação total, tão importante como o salário mensal. Nesta perspetiva, Diogo Alarcão, partner da Mercer refere que “em Portugal há já uma tendência de flexibilização de programas de forma a adequar os benefícios concedidos pela empresa às necessidades de cada colaborador, como por exemplo, a atribuição de benefícios que permitam um maior equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, promovam a saúde e bem-estar dos colaboradores e contribuam para o seu desenvolvimento”. O especialista acrescenta ainda que “é notório o desenvolvimento de novas políticas de compensação mais alinhadas com os objetivos organizacionais, levando a que as organizações introduzam o conceito de benefícios flexíveis em contraponto às tradicionais componentes fixas de remuneração, menos flexíveis e incapazes de responder à necessidade urgente de motivar e atrair profissionais mais conscientes, especializados e motivados”.

Fruto desta consciência, a Mercer perspetiva como tendências de compensação e benefícios para Portugal e para o resto da Europa, a uniformização a longo prazo dos incrementos salariais. Um comportamento que para Diogo Alarcão é motivado pelas baixas taxas de inflação, pelas regras de controlo e disciplina orçamental e por uma crescente integração dos mercados laborais europeus decorrente de uma crescente mobilidade laboral. “O conceito de incremento diferenciado, ou seja, a separação entre incremento geral (ao nível da inflação) e o incremento individual, apresenta-se como uma orientação cada vez mais seguida, de modo a premiar o desempenho. Este incremento individual é normalmente suportado por instrumentos de avaliação e gestão de desempenho”, explica o partner da Mercer.

Segundo o relatório, cerca de 90% das empresas atribuem formas de remuneração variável à totalidade ou a parte da sua estrutura. A prevalência deste incentivo de curto prazo vai diminuindo à medida que se analisam grupos com níveis de responsabilidade inferiores. A Mercer apurou ainda que a atribuição de incentivos de longo prazo ainda não se assume como uma prática maioritária, sendo apenas utilizada em 32% das empresas inquiridas, Cerca de 73% destes incentivos residem sobre a possibilidade de compra de ações aos seus colaboradores.

Entre os principais benefícios atribuídos pelas empresas estão os planos médicos (84%), com cobertura extensível ou não ao cônjuge e filhos, o plano de pensões, aplicado por cerca de 33% das empresas inquiridas e apolítica automóvel, aplicada em 90% das organizações. Paralelamente, merecem ainda destaque os seguros de vida e acidentes pessoais (45%), a comparticipação de despesas de educação (32%) e o complemento ao subsídio de doença, concedido em 35% das organizações.

O estudo analisou 78.889 postos de trabalho em 288 empresas presentes no mercado nacional, sendo 58% multinacionais, as 41% restantes de âmbito nacional privadas e 1% nacionais públicas. Em termos de volume de negócios, o estudo é representativo de pequenas, médias e grandes empresas. 62% da amostra tem menos de 50 milhões de euros de faturação e 25% mais de 100 milhões.



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