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50 empresas para fazer carreira

50 empresas para fazer carreira

É na Google e na Apple que os jovens portugueses sonham trabalhar. Mas se os gigantes tecnológicos estiverem muito fora de alcance para os talentos nacionais, o Banco de Portugal, o Grupo L’Oréal, a Microsoft, o Emirates Group ou a TAP, não são menos apetecíveis. A consultora Universum acaba de divulgar o seu ranking global das empresas mais atrativas para os jovens portugueses. Entre os 50 “empregadores” de sonho estão organizações de sectores diversos com oportunidades regulares de empregabilidade.

21.05.2016 | Por Cátia Mateus


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Durante os últimos meses, a consultora de employer branding Universum inquiriu mais de um 1,3 milhões de estudantes em todo o mundo para alcançar o ranking dos empregadores que mais atraem os jovens, no momento de pensar uma carreira. Em Portugal, 8.436 universitários, de 26 instituições de ensino, aceitaram o desafio de pensar o futuro. Fatores como a segurança laboral ou a possibilidade de iniciar uma carreira numa marca organizacional suficientemente sólida para abrir portas no futuro, são mais relevantes para os jovens portugueses do que para os estudantes de outros países. Para João Araújo, country manager (diretor-geral) da Universum Portugal, autora do estudo “The World’s Most Attractive Employers 2016”, estas prioridades espelham uma geração ainda muito marcada pelos efeitos da crise e das dificuldades de contratação. Um cenário que está a mudar, tanto mais que muitas das organizações listadas no ranking tem objetivos claros de contratação em Portugal.

“Empresas que possam constituir boas referências para a carreira futura, que promovam a progressão, o desenvolvimento profissional e a oportunidade de liderança e que valorizem e potenciem um maior equilíbrio entre a vida familiar e profissional, assim são mais atrativas para a nova geração de profissionais que está a chegar ao mercado de trabalho”, explica João Araújo. Talvez por isso, nas 50 primeiras posições desta tabela (ver ranking) encontremos várias multinacionais tecnológicas, com culturas organizacionais conhecidas por serem mais flexíveis e amigas da gestão pessoal do tempo, do bem-estar dos seus profissionais e conciliação carreira-família.?Para o country manager da Universum, o ranking dos empregadores mais atrativos de 2016 traz algumas novidades.

A primeira é desde logo a entrada direta da Apple e da Emirates para a segunda e sexta posições da lista, respetivamente. Posições que para João Araújo são um resultado direto da aposta de ambas as empresas na aproximação aos estudantes portugueses, nomeadamente, através da presença em feiras de emprego realizadas nas várias universidades nacionais . O responsável relembra que “as questões relacionadas com a empregabilidade preocupam muito os jovens portugueses”. Por essa razão, as novas gerações de profissionais tendem a aproximar-se de organizações que são reconhecidas por terem, desde o momento em que o candidato chega à empresa, planos de integração e formação muito orientados para a progressão profissional dentro da empresa.

O sucesso dos programas de trainee
Empresas como a Delloite, a L’Oréal, a PwC, o grupo Jerónimo Martins, a EDP, a Sonae, a Galp Energia, a EY, a Vodafone, e várias outras listadas nas 50 primeiras posições da tabela, são disso o exemplo. O sucesso dos seus programas de trainees, com sólidas apostas formativas e muitos também com uma componente de internacionalização da carreira, têm funcionado como pilares na construção de uma reputação de “empregadores de excelência” junto dos jovens estudantes. A Sonae e a EDP são disso exemplos. Uma e outra destacam-se ora pela aposta na formação dos seus quadros, ora pela mobilidade geográfica que potenciam. Ambas são vistas como empregadores de excelência.

A Sonae, por exemplo, tem estado a contratar desde o arranque de 2016. No primeiro trimestre do ano, a empresa reforçou em mais de 1800 o seu número de colaboradores, como resultado da rota de crescimento das suas diferentes áreas de negócio. Luís Filipe Reis, chief corporate center office, confirma que “os vários negócios da Sonae estão a investor no seu desenvolvimento, criando emprego e oportunidades para centenas de novos colaboradores integrarem diferentes equipas e marcar, beneficiando de formação e desenvolvimento professional”. No último ano, o grupo Sonae assegurou aos seus profissionais 1,3 milhões de horas de formação, sendo segundo o responsável, “uma reconhecida escola de líderes e uma das empresas mais atrativas para trabalhar”. Fatores que, confirma João Araújo, pesam na decisão dos jovens na altura de escolher o futuro.

Já a EDP foi destacada pelo seu modelo de gestão de talento e pelo mérito do programa Switch, que promove a mobilidade geográfica, functional, intra e interempresas e que, segundo a diretora de Recursos Humanos do Grupo, “é o principal instrumento de desenvolvimento professional e pessoal”. António Mexia, presidente da EDP, foi também apontado pelo jovens portugueses como o gestor com quem mais gostariam de trabalhar.?Para João Araújo, são várias as razões que podem consolidar a posição de uma organização enquanto empregador atrativo aos olhos dos jovens profissionais. Criar emprego em elevado número e com hipóteses de progressão sera a primeira. Mas depois, esclarece, “há outros factores como o peso da marca, a imagem forte e reputação histórica da da organização no mercado que são vistas passaportes para funções ou funções futuras”. João Araújo aponta, por exemplo, os casos da Caixa Geral de Depósitos que ocupa a oitava posição do ranking e, comparativamente a outras empresas, não recrutará em tão grande volume. Ou por exemplo a Apple, cuja atratividade aos olhos dos jovens profissionais portugueses “fica mais a dever-se ao conceito de tribo que a identificação com os equipamentos da marca gera, do que propriamente ao volume de oportunidades de trabalho que a tecnológica cria em Portugal”.

A merecer destaque na edição deste ano está a crescent atratividade que o sector do Turismo está a registar entre os jovens, com empresas como o Grupo Pestana (que subiu 14 posições no ranking face a 2015), a Emirates e a TAP, a posicionarem-se entre os 15 empregadores mais aliciantes para os jovens portugueses. De igual modo, o country manager da Universum Portugal destaca a atratividade crescente das carreiras ligadas ao sector das engenharias e tecnologias de informação, ainda que reconheça que o mercado nacional não está a formar profissionais em número suficiente para as necessidades das empresas nestas áreas.

As 50 empresas favoritas dos portugueses*

1. Google
2. Apple
3. Banco de Portugal
4. L’Oréal Group
5. Microsoft
6. Emirates Group
7. TAP
8. Caixa Geral de Depósitos
9. Deloitte
10. Jerónimo Martins
11. Nike
12. PwC
13. Nestlé
14. McKinsey & Company
15. Grupo Pestana
16. ANA Aeroportos de Portugal
17. Coca-Cola Iberian Partners
18. Facebook
19. TVI
20. Millennium BCP
21. KPMG
22. IKEA
23. Goldman Sachs
24. The Boston Consulting Group
25. H&M
26. Samsung
27. Inditex
28. Santander Totta
29. EY
30. adidas Group
31. Unilever
32. RTP (Rádio e Televisão de Portugal)
33. EDP (Energias de Portugal)
34. Sonae SGPS
35. Sumol+Compal
36. J.P. Morgan
37. Banco BPI
38. Delta Cafés
39. NOS
40. Volkswagen AutoEuropa
41. Galp Energia
42. Sonae Indústria
43. BNP Paribas
44. Vodafone
45. Sonae Distribuição
46. EDP Renováveis
47. Procter & Gamble (P&G)
48. Montepio
49. MEO
50. Novo Banco

* Fonte: "The World's Most Attractive Emplyers" Universum 2016



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