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17% das PME realizaram despedimentos

17% das PME realizaram despedimentos

Nos últimos 12 meses, 17% das Pequenas e Médias Empresas portuguesas recorreram ao despedimento para contratar as dificuldades financeiras e manter-se em funcionamento. Segundo um estudo realizado pela seguradora Zurich, o foco na gestão do risco está a revelar-se o grande trunfo das PME para enfrentar a conjuntura económica.

19.09.2014 | Por Cátia Mateus


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A aposta em novos nichos de mercado e a redução de preços ainda são, para as Pequenas e Médias Empressa (PME) portuguesas, a melhor estratégia de sobrevivência em períodos de conjuntura económica adversa. Mas o estudo “PME: Riscos e Oportunidades”, conduzido pela companhia de seguros Zurich junto de CEO’s, proprietários, diretores-gerais, diretores financeiros ou chefes de operações de PME’s de 19 países, concluí que para 17% das organizações estas ferramentas não foram suficientes e houve necessidade de recorrer à redução de efetivos.

O número avançado pelo estudo é menor do que no ano passado, altura em que esta percentagem se fixou nos 20%.
Artur Lucas, diretor de Desenvolvimento de Soluções de Mercado da Zurich em Portugal, destaca a evolução dos dados comparativamente aos apurados no verão de 2013 enfatizando “uma ligeira melhoria em vários indicadores, revelando que poderá ser o início da retoma ou de uma curva de crescimento para as PME portuguesas”. Segundo o responsável, “os empresários estão mais sensíveis à gestão do risco, como uma forma de lhes permitir um planeamento detalhado dos riscos para o negócio e uma reflexão sobre as medidas a tomar”.

Estratégias nacionais
Na verdade, as conclusões da última edição do estudo, agora divulgado, revelam que apesar do ainda expressivo recurso à redução de efetivos, as empresas nacionais inquiridas reforçaram a sua aposta em novos nichos de mercado (22%) e apostaram na redução de preços (20%) ou diversificaram a sua oferta de produtos ou serviços (18%), como formas de contornar a crise económica. Ainda assim, o último ano 8% das PME nacionais chegaram a ponderar fechar portas, outras renegociaram créditos ou reduziram a sua oferta de produtos e serviços.

Comparativamente a Espanha, as PME nacionais recorreram mais ao despedimento (uma diferença de cinco pontos percentuais), mas também recrutaram mais (5%) e aumentaram mais os salários dos seus trabalhadores (2%). A análise comparativa dos dados para os 19 países analisados revela que uma em cada cinco PME’s aumentaram salários e um sexto das empresas recrutaram novos profissionais nos últimos 12 meses. “Menos de 5% das empresas inquiridas consideraram fechar portas e apenas 6% optaram por reduzir a oferta de produtos ou serviços”, conclui a investigação conduzida pela seguradora Zurich que enfatiza ainda: “na maioria dos países, as PME estiveram focadas em explorar novos segmentos de mercado (23%) e em diversificar a oferta de produtos ou serviços (21%). As exceções foram a Alemanha e a Áustria, onde as empresas estiveram mais preocupadas em investir em operações e ativos”.

O estudo anual PME: Riscos e Oportunidades, concluiu ainda que na Europa, onde o crescimento económico permanece moderado, uma reduzida parte das PME inquiridas arriscou realizar novas contratações, aumentar ordenados ou expandir-se para novas geografias. Na segunda edição deste estudo, participaram 3800 CEO’s, diretores-gerais, financeiros ou líderes empresariais, 200 dos quais portugueses.



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