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(Re)Introdução: 20 conselhos para o êxito internacional



01.01.2000



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(Re)Introdução: 20 conselhos para o êxito internacional

Um gestor ou quadro internacional pode ter experiência internacional, o que não significa que tenha sucesso. Um quadro ou gestor, pode ter sido muito bem sucedido e eficaz num país e não se adaptar a outro. Daí que seja essencial programar o melhor possível o processo de internacionalização para se preparar para os novos desafios e exigências e não ser apanhado desprevenido. As outras culturas são, para nós, estranhas, aberrantes ou mesmo anormais. É, por isso, inevitável que se cometam erros quando se lida com elas. A grande questão é saber qual a forma de nos prepararmos para aprender com os nossos próprios erros e sabermos lidar com as diferenças.
É neste sentido que se sistematizam alguns conselhos práticos que podem ser úteis para quem tenha de se movimentar entre culturas.

1. Não deixe que o choque cultural o apanhe de surpresa. Considere sempre a hipótese de ele ocorrer (quer seja no país vizinho, quer do outro lado do planeta), aprenda a reconhecer os sintomas e o seu impacto potencial;

2. Seja pró-activo quando tentar desenvolver experiência internacional, independentemente de se tratar de uma missão de curta, média ou longa duração;

3. Escolha cuidadosamente os cargos e defina os factores de risco, bem como as competências que terá de adquirir ou melhorar e identifique a importância do cargo ou da missão no âmbito da empresa ou da instituição;

4. Ainda que não tenha um objecto de carreira concreto, tente prever as implicações específicas do cargo ou da missão em causa na sua carreira internacional;

5. Defina o que pretende obter da entidade empregadora e aquilo que pode dar;

6. Aconselhe-se com outras pessoas (mesmo que não pertençam à sua organização) sobre o cargo ou a missão e as condições que lhe foram oferecidas;

7. Analise a sua personalidade e avalie se uma carreira internacional se adapta a si e à sua família, não se esquecendo de apurar se tem, ou não, o apoio desta;

8. Desenvolva as suas qualificações na área da gestão internacional e intercultural, quer através de cursos de formação, quer através de actividades de autodesenvolvimento, como, por exemplo, a leitura de livros e jornais internacionais de gestão;

9. Planeie cuidadosamente o regresso, garantindo que terá emprego ou colocação quando regressar ou, em alternativa, que a organização onde trabalha o ajudará a encontrar um cargo compatível com a actividade que irá desempenhar quando estiver fora do país;

10. Aprenda a lidar com o stress que o trabalho internacional implica;

11. Crie alianças assim que chegar ao novo país hospedeiro, procurando relacionar-se com outros colegas internacionais e com os habitantes locais;

12. Não se renda nem se demita à primeira contrariedade, nunca optando por estratégias "escapatórias", como beber, comer ou trabalhar de mais (na Alemanha, por exemplo, trabalhar muitas horas não é interpretado como dedicação ao trabalho, mas como incapacidade para terminar as tarefas em horas normais ou dentro dos prazos) e nunca esconda os seus sentimentos;

13. Aconselhe-se com outros quadros internacionais porque a melhor forma de saber como lidar com determinados problemas é aprender com a experiência de quem já passou por eles;

14. Dê tempo a si próprio para se adaptar, ou seja, não se apresse a assumir demasiados projectos no início do exercício da sua missão e assegure-se que a organização para a qual trabalha também está disposta a conceder-lhe este tempo;

15. Procure o apoio e a ajuda de profissionais se os problemas subsistirem, apesar dos esforços. Recorra a conselheiros internos ou externos;

16. Lembre-se que os mesmos problemas poderão ocorrer ao regressar ao seu país de origem (choque cultural invertido). Depois de se ter afastado um tempo da sua cultura de origem, o choque no regresso a casa é normal. Não foram tanto as coisas que mudaram muito, foi você quem mudou principalmente;

17. Não procure ser como os habitantes locais. Não conseguirá nunca sentir o mesmo e pode cair no ridículo da imitação;

18. Mantenha o sentido de humor como forma de defesa e também de encarar os erros, superar os fracassos, as frustrações e de não se afundar numa depressão;

19. Aprenda o mais rápido que possa a língua local, ou pelo menos algumas palavras ou frases. São sinais também universalmente apreciados;

20. Pense nos aspectos positivos do choque cultural. As pessoas que passam por ele adaptam-se melhor a qualquer ambiente novo do que as outras.

A experiência de internacionalização tanto pode ser um factor crítico de sucesso como um grande problema, se tiver dificuldades de adaptação a uma nova cultura. O desequilíbrio emocional pode destruir irremediavelmente a carreira que ambicionou ou que tanto desejou. Encetar um processo de expatriação implica ser capaz de se sentir "em casa" em qualquer parte do mundo, o que significa ser capaz de actuar num mercado cada vez mais global mas tendo em conta as diferenças (g)locais.
Temos pois de estar sempre prontos a aprender.

Fonte RHM (continua)






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