Carreiras

Precariedade no emprego



01.01.2000



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Luta contra a precariedade no emprego

Realizou-se no dia 12 e 13 de Outubro a 4ª Conferência Nacional da Interjovem/CJTP-IN para apresentar uma proposta de luta contra a precariedade do emprego. A instabilidade do trabalho tem sido uma preocupação que está a crescer pela importância que tem na qualidade de uma sociedade.

A precariedade coloca em causa os direitos dos trabalhadores, desincentiva a formação e qualificação e alimenta a política seguida pelo patronato de baixos salários.
Neste sentido, e sob o lema "Alterar o Presente, Construir o Futuro", a organização de jovens trabalhadores da CGTP-Intersindical Nacional, apostou nesta conferência para discutir e reflectir medidas de defesa:

- no direito ao trabalho;

- no direito ao salário;

- no direito à segurança e estabilidade no emprego;

- na redução do horário de trabalho;

- na dignificação do trabalho e da profissão;

- no combate à discriminação, à exploração e à opressão;

- na justiça social e na transformação da sociedade que garantam o progresso, a liberdade, a democracia e a paz.

O Programa de Acção, apresentado e aprovado na conferência, vai orientar a actividade futura da direcção da Interjovem/CJTP-IN com o objectivo de defender as aspirações e necessidades dos jovens.
Algumas medidas de acção reivindicadas pela Interjovem/CGTP-IN contra a precariedade:

"A passagem a contratos sem prazo de todos os trabalhadores que exerçam funções de carácter permanente;

A revogação da normal legal sobre a contratação a prazo dos jovens à procura do 1º emprego e dos desempregados de longa duração;

O combate ao trabalho não declarado e ao trabalho ilegal, com um reforço da fiscalização;

A regularização da situação dos trabalhadores com falsos contratos de prestação de serviços (recibos verdes), convertendo-os em contratos sem prazo;

O controlo do trabalho temporário, já que a maioria das empresas de trabalho temporário são ilegais".


Outras questões debatidas foram:

Trabalho infantil (ensino obrigatório gratuito; criminalização da utilização pelo patronato de trabalho infantil e agravamento das coimas);

Salários (fim da discriminação salarial; actualização do salário mínimo nacional a ritmos superiores aos do salário médio);

Horário de Trabalho (redução do horário de trabalho para 35 horas semanais sem perda salarial);

Maternidade e Paternidade ( potenciar uma nova partilha de responsabilidades familiares, conferindo ao pai direitos novos; alterações legislativas aconselháveis, com vista a impedir o despedimento ilegal de jovens grávidas, puérperas ou lactantes com contrato a termo certo);

Saúde, higiene e segurança nos locais de trabalho (cumprimento por parte do patronato da legislação em vigor para a prevenção dos acidentes de trabalho; consideração legal das novas doenças profissionais - tendinites, entre outras);

Educação e Formação (combate ao abandono e insucesso escolar);

Trabalhadores-estudantes (fomento e criação de aulas nocturnas nos estabelecimentos de ensino onde o número de trabalhadores-estudantes inscritos o justifique);

Formação Profissional (apoio à formação profissional a todos os que pretendam reinserir-se no mercado de trabalho, por forma a que o façam em empregos mais qualificados, mais estáveis e melhor remunerados).


TP






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